ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dias depois da eleição que o deixou de fora do segundo turno em São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) definiu os seus próximos passos: "Volto a clinicar na sexta".
O tucano recebeu a Folha ontem em seu escritório político, no Itaim Bibi. Pouco antes, falou com seu vice na disputa, Campos Machado (PTB). Em seguida chegou Gabriel Chalita, que foi o vereador mais votado em São Paulo, com 102.048 votos.
Na sala, rescaldos da eleição: sobre a mesa de reunião, havia flores, caixas de chocolate e cartões recebidos de amigos e eleitores, parabenizando-o pela disputa e desejando sorte. Em um canto da sala, estavam cartazes da eleição de 2004, com a foto do atual governador José Serra, então candidato a prefeito.
Evitando comentar o resultado do pleito, Alckmin falou da correria da campanha e sobre os dois dias de descanso que terá no sítio de Pindamonhangaba, para onde seguiria na noite de ontem.
O ex-governador não quis falar sobre política. Confirmou que tem sido procurado, mas não disse por quem. Evitou comentar seu futuro político, tampouco o segundo turno. "Sou um homem de partido e, como tal, vou seguir o que o PSDB decidir."
Demonstrou entusiasmo ao falar de medicina, que voltará a praticar na sexta-feira com atendimentos no ambulatório da Escola Paulista de Medicina. Na estante de livros que ocupa uma parede da sala, não foi atrás de títulos sobre política ou gestão. Tirou um sobre medicina chinesa e leu um trecho que trata de acupuntura.
Chalita, seu ex-secretário estadual e uma das presenças mais fiéis da campanha, fez questão de demonstrar que o alckmismo não morreu. "Sou alckmista roxo", disse o vereador mais votado do país.


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