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Governo quer criar
rota para países do G3
DA ENVIADA ESPECIAL
Apesar da crise das companhias
aéreas, inclusive das brasileiras,
um diretor da Varig deve acompanhar o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva na sua visita de menos de 24 horas à África do Sul,
iniciada ontem à noite.
A intenção é criar uma rota própria entre São Paulo e Johannesburgo, na África do Sul, com possibilidade de extensão para Nova
Déli, na Índia.
Os três países integram o G3,
grupo de países de economias ascendentes, territórios extensos e
grandes populações, que tentam
se contrapor à hegemonia de Estados Unidos e União Européia.
"Integração política e econômica exige também integração física", disse o chefe do Departamento de África do Itamaraty, Pedro
Motta, falando das dificuldades
de vaga nos vôos da South African
entre Brasil e África do Sul, apesar
de serem diários.
A importância da visita à África
do Sul é mais política do que propriamente econômica, pois o país
já mantém uma tradição de parceria e de comércio com o Brasil.
O mais importante é a aliança que
os dois estão construindo no contexto internacional e que poderá
se estender também à Rússia, à
China e à Argentina.
"Mas isso é só uma possibilidade e não nos interessa criar o G8
do B", disse ontem o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, referindo-se ao
G8, o grupo dos países ricos.
Lula desembarcou ontem em
Pretória, uma das três capitais da
África do Sul. Ao discursar num
jantar com o presidente do país,
Thabo Mbeki, enfatizou os interesses comuns na área de ambiente e desenvolvimento sustentável.
Estão previstos acordos para
ciência e tecnologia, medicina,
ambiente e cultura.
Lula antecipou em algumas horas sua saída da África do Sul, hoje, para voltar à Namíbia, trocar
de avião e assinar acordos na área
de Educação acertados de última
hora entre os dois governos.
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