São Paulo, terça-feira, 08 de novembro de 2005

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CASO TONINHO

Viúva vê elo entre mortes de petistas

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

A viúva do prefeito morto de Campinas (SP), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, a psicóloga Roseana Garcia, defenderá hoje em seu depoimento na CPI dos Bingos a tese de que pode haver ligação entre os assassinatos de Toninho e de Celso Daniel, prefeito de Santo André.
Ela cobrará a intervenção da Polícia Federal nas investigações e reafirmará que o crime contra seu marido teve motivação política. A companheira de Daniel, Ivone Santana, também será ouvida.
Toninho do PT foi morto em setembro de 2001 quando dirigia seu carro na saída de um shopping, em Campinas. A viúva disse que Toninho pode ter sido morto por contrariar interesses de "grupos poderosos": "Ele contrariou interesses quando alterou o contrato do lixo na cidade e quando fez cumprir uma lei municipal que proíbe a concentração de bingos a uma distância de 500 metros entre eles." Segundo ela, a Promotoria "investiga a possibilidade de a ordem do assassinato [de Daniel] ter partido de Campinas". Outro ponto é o fato de que o legista do caso Santo André, Carlos Delmonte, analisava a morte de Toninho quando morreu.
O senador Eduardo Suplicy, membro da CPI dos Bingos, ouviu ontem a segunda testemunha protegida do caso Celso Daniel que disse ter presenciado o momento em que o petista foi sequestrado. A mulher disse que viu a Pajero em que estava Daniel cercada por outros três carros. Segundo ela, Sérgio Gomes da Silva conduzia o carro de Daniel.
O advogado de Gomes da Silva, Roberto Podval disse ver com tristeza a idéia de democracia do senador: "Porque ele está está colhendo depoimento, está ouvindo testemunhas, indo ao local do crime, sem ter convidado a defesa".


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