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CASO TONINHO
Viúva vê elo entre mortes de petistas
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
A viúva do prefeito morto de
Campinas (SP), Antonio da Costa
Santos, o Toninho do PT, a psicóloga Roseana Garcia, defenderá
hoje em seu depoimento na CPI
dos Bingos a tese de que pode haver ligação entre os assassinatos
de Toninho e de Celso Daniel,
prefeito de Santo André.
Ela cobrará a intervenção da Polícia Federal nas investigações e
reafirmará que o crime contra seu
marido teve motivação política. A
companheira de Daniel, Ivone
Santana, também será ouvida.
Toninho do PT foi morto em setembro de 2001 quando dirigia
seu carro na saída de um shopping, em Campinas. A viúva disse
que Toninho pode ter sido morto
por contrariar interesses de "grupos poderosos": "Ele contrariou
interesses quando alterou o contrato do lixo na cidade e quando
fez cumprir uma lei municipal
que proíbe a concentração de bingos a uma distância de 500 metros
entre eles." Segundo ela, a Promotoria "investiga a possibilidade de
a ordem do assassinato [de Daniel] ter partido de Campinas".
Outro ponto é o fato de que o legista do caso Santo André, Carlos
Delmonte, analisava a morte de
Toninho quando morreu.
O senador Eduardo Suplicy,
membro da CPI dos Bingos, ouviu ontem a segunda testemunha
protegida do caso Celso Daniel
que disse ter presenciado o momento em que o petista foi sequestrado. A mulher disse que viu
a Pajero em que estava Daniel cercada por outros três carros. Segundo ela, Sérgio Gomes da Silva
conduzia o carro de Daniel.
O advogado de Gomes da Silva,
Roberto Podval disse ver com
tristeza a idéia de democracia do
senador: "Porque ele está está colhendo depoimento, está ouvindo
testemunhas, indo ao local do crime, sem ter convidado a defesa".
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