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"É impróprio comparar minha situação à de Lula", diz D'Urso
FOLHA - Por que o sr. é candidato?
BORGES D'URSO - Recebi abaixo-assinado com mais de 200 assinaturas pedindo que aceitasse
mais uma vez ser candidato para manter nosso grupo coeso. A
única crítica da oposição é ao
terceiro mandato. Não mudei a
regra. Outros presidentes já foram reeleitos mais de uma vez.
FOLHA - Qual é o número recomendável de mandatos sucessivos?
D'URSO - No plano público,
quanto menos melhor. Nas entidades de classe você não gere
dinheiro público, não exerce
poder público e não tem remuneração. É impróprio comparar com a situação do presidente Lula. Lá, a regra expressa é
proibir. Aqui, a regra permite.
FOLHA - Quanto vai custar a sua
campanha e quem a financia?
D'URSO - O gasto é mínimo. Foi
aberta conta bancária e pedimos colaboração dos colegas.
Não sei quanto temos na conta.
Mas é tudo transparente.
FOLHA - Em quais questões políticas a OAB-SP deve se envolver?
D'URSO - Todas. Em todas as
vertentes políticas, não partidárias, a OAB tem que opinar. O
"Cansei" foi uma mobilização
específica, diante do tráfico de
drogas, de armas, falta de escola. Um protesto não contra o
governo, mas contra uma situação vivida pela população.
FOLHA - Como o sr. analisa as críticas à formação dos advogados?
D'URSO - A proliferação de faculdades de direito e a baixa
qualidade do ensino trouxeram
consequências danosas. Temos
conseguido algumas vitórias.
As faculdades que são estelionatos educacionais, essas nós
queremos fechar.
FOLHA - Como contribuir para diminuir a duração dos processos?
D'URSO - O advogado preparado
para a negociação evita o processo. Não temos que diminuir
os recursos, mas fazer com que
sejam julgados rapidamente.
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