São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

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PAINEL

Ponta de estoque 1
A CPI dos Correios vai cobrar do PT e de Delúbio Soares a lista dos diretórios do partido que receberam os 2,75 milhões de camisetas "não-contabilizadas" confeccionadas pela Coteminas para a campanha de 2004.

Ponta de estoque 2
O objetivo de integrantes da CPI é comparar a prestação de contas do partido nos Estados com o custo dos brindes providenciados pelo ex-tesoureiro.

Roteiro fashion
O Ministério Público Federal prepara ações para investigar os diretórios petistas que receberam camisetas "by" Coteminas da Direção Nacional em 2004.

Greve de voto
O PFL ameaça cruzar os braços na Câmara enquanto o PT não quitar sua dívida com a empresa de José Alencar. "Se eles não cumprem o combinado nem com o vice-presidente, que dirá com prefeituras e Estados administrados pela oposição", ironiza Rodrigo Maia (RJ).

Vidas passadas 1
Com a chegada a conta-gotas dos dados das quebras de sigilo das empresas de Marcos Valério no período anterior a 2003, os governistas da CPI dos Correios pretendem se concentrar no cruzamento de recursos recebidos pela Fundacentro e pela Telesp antes da privatização.

Vidas passadas 2
A intenção é rebater o discurso tucano de que a operação valeriana era restrita a Minas. Para os petistas, os casos Telesp e Fundacentro mostram que o empresário tinha conexões nacionais já no governo FHC.

Esqueceram de mim
Fiel escudeira do governo na CPI dos Correios, Ideli Salvatti lamenta o tratamento recebido de alguns ministros. Autora da lei que obriga o SUS a permitir que gestantes sejam acompanhadas no parto, a senadora petista foi excluída da cerimônia em que a lei foi regulamentada.

Ordem das coisas
José Dirceu perdeu o mandato, mas continua podendo. À 0h30 de ontem, o carro oficial do presidente da Câmara permanecia estacionado na entrada do edifício onde ainda mora o deputado cassado, que recebia uma visita de Aldo Rebelo.

Tomou gosto
Ao justificar o fato de que o BNDES deixará de emprestar este ano R$ 10 bi dos R$ 60 bi disponíveis, Guido Mantega dispara de novo contra a equipe econômica: "Teríamos cumprido a meta se a TJLP, que está há 21 meses em 9,75%, tivesse baixado para 8% em março".

Rezando o terço
Não contente em falar à imprensa, Márcio Fortes ligou para líderes partidários na tentativa de negar o óbvio: que Severino Cavalcanti (PP-PE) faz e acontece no Ministério das Cidades.

Loco por ti
Vai de vento em popa a conversa entre Hugo Chávez e Roberto Requião (PMDB). O governador do Paraná tem ido com freqüência a Caracas, onde discute com o presidente venezuelano investimentos comuns.

Desaniversário 1
O PFL apresenta no dia 15 seu balanço de três anos de governo Lula. O relatório apontará gastos de publicidade de R$ 703,1 mi, o que representaria aumento de 50% em relação a FHC.

Desaniversário 2
Uma das áreas destacadas no balanço pefelista, a ser apresentado por Jorge Bornhausen, é a segurança. De R$ 6,3 mi destinados à modernização e construção de presídios no triênio, só R$ 3,3 mi foram executados.

Visita à Folha
Cláudio Luiz Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Valdeci F. Verdelho, vice-presidente-associado da Andreoli, Manning Selvage & Lee.

TIROTEIO

Do deputado tucano Gustavo Fruet, sobre o negócio firmado entre a Coteminas e o Partido dos Trabalhadores:
-A empresa do vice-presidente forneceu camisetas, e o PT lhe deu um chapéu.

CONTRAPONTO

Mão fechada

Convidado a participar de um evento no interior de São Paulo, o senador Eduardo Suplicy descobriu que o deputado estadual Simão Pedro também pretendia comparecer ao encontro e propôs ao colega de PT que dividissem as despesas da viagem.
-Iremos no meu carro, mas usaremos o seu motorista-, combinou o senador.
No horário combinado, os três estavam no carro. Foi quando tocou o celular de Suplicy.
Era um repórter de rádio, que passou a entrevistá-lo sobre vários assuntos em pauta.
Com Suplicy envolvido na conversa, o motorista pisou mais fundo no acelerador.
-Cuidado, a rodovia tem radares!-, advertiu Simão Pedro.
-Fique tranqüilo, deputado, carro de senador não toma multa-, brincou o motorista.
Pulando no banco de trás, Suplicy interrompeu a entrevista:
-Toma sim, toma sim!


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