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Borges afirma ter provas da compra da agência Apoio
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O dono da Sergraph, Hugo
Sérgio Siqueira Borges, chamou de "bobagens" as afirmações de seu suposto laranja. Ele
disse ter como provar que comprou a empresa Apoio Comunicação Total Ltda., que, segundo
ele, pertencia ao gráfico José da
Silva Bandeira. Questionado
sobre o negócio, ele se negou a
fornecer qualquer resposta. "Só
vou me manifestar em juízo."
A assessoria de imprensa do
governador André Puccinelli
(PMDB) confirmou que a empresa Apoio Comunicação Total Ltda. respondeu pela programação visual da administração de Campo Grande no período mencionado pelo gráfico,
mas negou que houvesse desvios na produção de outdoors
ou de qualquer peça de comunicação visual da prefeitura.
Segundo a assessoria, a prefeitura não tem condições de
fazer peças publicitárias e, se
esse serviço foi terceirizado pela Apoio, essa informação nunca chegou ao conhecimento de
Puccinelli, que foi prefeito de
Campo Grande de 1996 a 2004.
Citado por Bandeira como
sendo o contato entre a campanha do senador Delcídio do
Amaral e o dono da Sergraph, o
ex-vereador Pérsio de Andrade
(PT) confirmou que as notas
referentes aos serviços prestados durante a campanha de
2006 têm registradas no cabeçalho um endereço de Uberaba
(MG) -inexistente, segundo o
Ministério Público.
Questionado sobre a possibilidade de os comprovantes serem falsos, ele argumentou não
ser possível investigar a validade das "centenas" de notas fornecidas ao longo de uma campanha. "São inúmeras, de todos
os lugares. No caso da Sergraph, o fato é que contratamos
o serviço, pagamos com cheque
da campanha e declaramos na
prestação de contas. Se as notas
eram frias, ele [Siqueira Borges] é quem tem de responder à
Receita Federal."
O advogado do ex-governador Zeca do PT, Newley Amarilla, se recusou a comentar as
afirmações do gráfico. De acordo com ele, seu cliente vem
sendo vítima do "denuncismo"
e da precipitação do Ministério
Público.
"Denunciá-lo foi uma irresponsabilidade atroz. Não há absolutamente nada. Somente
uma alegação da Ivanete [Leite
Martins, ex-funcionária do governo] de que o governador sabia de tudo. Só que ninguém
confirmou isso."
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