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outro lado
Construtora diz que sua conduta é lícita
DA REPORTAGEM LOCAL
A construtora Camargo Corrêa afirmou no fim da tarde de
ontem, por meio da sua assessoria de imprensa, que "está
convicta da licitude da sua conduta e espera ter acesso a essas
informações para que possa fazer sua defesa, direito que
constitui base fundamental de
um Estado democrático".
"A construtora Camargo
Corrêa tomou conhecimento,
por meio de comunicado divulgado no site do Ministério Público Federal, da existência de
representações feitas por esse
órgão solicitando a outras esferas da Justiça a abertura de investigações envolvendo a empresa", afirmou a assessoria.
A empreiteira complementou: "Ressaltamos que, neste
mesmo processo, houve denúncias divulgadas precipitadamente à imprensa que se
mostraram infundadas".
Adhemar Palocci, irmão do
deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) e diretor da Eletronorte, afirmou ontem que
não iria comentar o caso.
A Eletronorte, por meio da
assessoria, disse que a obra das
eclusas de Tucuruí (PA), "é do
Ministério dos Transportes, via
Dnit" e que "por meio de convênio a Eletronorte toca as
obras desde 2006".
"A posição da Eletronorte em
casos tramitando na Justiça ou
sob investigação policial é não
se pronunciar até que toda apuração ou julgamento termine
de acordo com procedimentos
legais", afirmou a assessoria.
A assessoria da Eletrobrás
informou que Astrogildo
Quental, diretor financeiro,
não iria se pronunciar ontem.
A assessoria da Prefeitura de
São Paulo disse não ter conhecimento das investigações e da
citação de um dos secretários
paulistanos, mas que colaborará com o Ministério Público.
Segundo a assessoria de imprensa do PMDB nacional, a sigla não tem conhecimento da
apuração da PF. Afirmou ainda
que o partido não foi citado
nem procurado pela polícia.
A assessoria lembrou que o
deputado Michel Temer, presidente da Câmara, entrou com
uma petição na Justiça para pedir documentos relativos ao
processo da Castelo de Areia
depois que seu nome também
foi citado nas investigações.
Presidente nacional do PT, o
deputado Ricardo Berzoini disse que não tem conhecimento
da investigação. "Do ponto de
vista do PT não existe nenhum
tipo de conversa com essa empresa, qualquer tipo de relação
desse tipo. Até porque nós rejeitamos qualquer relação dessa ordem", afirmou.
Para o deputado federal Edson Aparecido (PSDB-SP), a
obra citada era uma reivindicação antiga da região da Alta
Paulista. "Na época, falamos
com o [então governador de SP,
morto em 2001, Mario] Covas,
que lançou o projeto da construção da ponte. Isso há dez
anos. E a obra acabou ficando
pronta. É estratégica", disse.
"A única doação que tem [da
Camargo] foi declarada oficialmente. Não há problema com
uma possível investigação."
O conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado Antonio Roque Citadini negou ontem a
participação em qualquer irregularidade. Ele diz que a inscrição "Roc. Citadini", encontrada
num dos documentos, não prova seu envolvimento em nenhum ato ilícito. Também diz
não ter contato com diretores
ou funcionários da Camargo.
A Folha não localizou ontem
o advogado do conselheiro do
TCE Eduardo Bittencourt.
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