São Paulo, terça-feira, 08 de dezembro de 2009

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Frente contra a corrupção fará ato na Câmara

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Impulsionado pelo caso do mensalão do DEM, o projeto que proíbe a candidatura de políticos com "ficha suja" ganhou novo fôlego e pode dar um passo importante no Congresso.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, formado por mais de 40 entidades, aproveitará o Dia Mundial de Combate à Corrupção, a ser comemorado amanhã, para fazer um ato na Câmara dos Deputados.
O escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e os deputados distritais deve pautar a manifestação. "Acreditamos que esse caso [do mensalão do DEM] fortalece a perspectiva de votarmos o projeto dos políticos com ficha limpa ainda para as eleições de 2010. Acho que a pressão da sociedade pode fazer isso", disse Augusto Miranda, presidente do IFC (Instituto de Fiscalização e Controle).
Mais de 1.500 novas assinaturas de apoio à proposta devem ser protocoladas amanhã. Elas se juntarão às outras 1,3 milhão, já entregues à Câmara em setembro, quando o projeto começou a tramitar. Os integrantes do movimento visitarão todos os líderes partidários e o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para pedir a aprovação da proposta.
"Só conseguiremos aprovar o projeto se os veículos de comunicação e a sociedade se movimentarem. Se a sociedade se mobilizar, como fizeram os estudantes da Câmara Legislativa de Brasília, conseguimos fazer o texto andar aqui dentro", disse o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Biscaia diz que, se o projeto contra os "fichas sujas" existisse na época, Arruda não poderia se candidatar ao governo do DF, já que o texto veta a candidatura de quem renuncia ao mandato para fugir de processo disciplinar. Em 2001, Arruda renunciou ao Senado após a violação do painel de votação.


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