|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Garibaldi impede convocação de comissão para analisar projeto que barra IOF maior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), barrou ontem a possibilidade de
ser convocada a Comissão Representativa do Congresso, que
iria analisar dois projetos de
decreto legislativo apresentados na Casa, entre eles o que
tentava barrar a elevação das
alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O aumento do imposto é uma
das medidas apresentadas pelo
governo na semana passada para compensar o fim da CPMF.
O segundo projeto, do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP),
pedia o fim de uma medida da
Receita que exige dos bancos o
repasse de informações ao Fisco em movimentações semestrais que superam R$ 5.000,
para pessoas físicas, e R$ 10 mil,
para pessoas jurídicas.
Garibaldi, que também preside a Comissão Representativa
do Congresso, disse que é mais
"democrático" esperar a volta
dos trabalhos para que a discussão seja ampliada. Quanto
ao projeto de Jardim, ele justificou que a medida da Receita
só começa a vigorar em junho,
"inexistindo [sic] a urgência
que justifique a convocação".
Se a comissão fosse convocada, o governo não teria problemas em barrar os decretos, pois
tem a maioria na comissão
-formada por 17 deputados (11
governistas) e oito senadores
(cinco aliados ao governo).
O senador Álvaro Dias
(PSDB-PR), autor do decreto
que tenta barrar o aumento do
IOF, afirmou achar "estranha"
a não convocação. O tucano
protocolou na Secretaria Geral
do Senado dois projetos, com o
mesmo teor, para que o segundo comece a tramitar ao final
do recesso parlamentar. Jardim prometeu apresentar hoje
requerimento para que a comissão ouça o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre as
medidas anunciadas pelo governo e a instrução da Receita.
Texto Anterior: Fim da CPMF faz governo barrar reajuste a militares Próximo Texto: Análise: Início do ano é marcado por trombadas Índice
|