São Paulo, sábado, 09 de fevereiro de 2008

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Outro lado

PT cria confusão na opinião pública, diz governo

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo divulgou uma nota em que diz refutar "com veemência a tentativa do Partido dos Trabalhadores de São Paulo de criar confusão na opinião pública, tratando questões diferentes como se fossem iguais".
"É a estratégia típica desse partido: tentar justificar seus abusos com a idéia de que os outros partidos também os cometem. Com a idéia de que na política brasileira "é tudo farinha do mesmo saco". Mas não é não, felizmente", diz a nota.
No documento, o governo afirma ter "total interesse em esclarecer toda e qualquer dúvida" relacionada às despesas via cartões de débito e recomenda cautela na abordagem do assunto.
Como exemplo, cita os R$ 13.600 gastos na churrascaria Pequena Querência, conhecida como Lemor, em Campos do Jordão. Segundo a nota, as despesas "foram interpretadas equivocadamente como um possível desperdício de dinheiro público". "São despesas absolutamente normais, realizadas pelo Batalhão da Policia Militar de Taubaté que deslocou efetivo para Campos de Jordão em período de alta de turismo. Foram servidas, nesse restaurante, refeições para centenas de policiais militares, por R$ 8,00 (oito reais) cada".
O governo aponta como tentativa de distorção a divulgação de gastos com açougues em São Paulo. "Na verdade, foi utilizada na alimentação das 70 crianças da creche dos filhos dos funcionários do Palácio".
A Secretaria de Segurança também apresentou justificativas para os gastos com o cartão de pagamento de despesas.
Quanto às compras em lojas de departamentos e de brinquedos, informou que, nos casos em que foi possível fazer o levantamento, se referem à compra de jogos para reabilitação de policiais e kits de maquiagem usados em ação social da PM com crianças numa favela de Campinas, além de cartuchos para impressoras.
A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho afirmou, por intermédio de sua assessoria, que as compras na Casa Deliza, especializada em frios e importados, se destinam à compra de material de limpeza. "Já pedi um pente fino em todos os gastos", afirmou o secretário Guilherme Afif.
A assessoria da Secretaria de Meio Ambiente disse que a pasta compra livros técnicos que dizem respeito à área.
A Secretaria da Administração Penitenciária não se manifestou ontem. O órgão informou que poderá responder às questões na segunda-feira.


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