São Paulo, sábado, 09 de fevereiro de 2008

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Outro lado

Órgão alega ter de percorrer todas as regiões

DA SUCURSAL DO RIO

O IBGE afirmou que os gastos com cartões corporativos foram elevados em 2007 por causa do grande número de atividades desenvolvidas pelo órgão em todo o país, especialmente a contagem da população e o censo agropecuário.
De acordo com o órgão, cerca de 2.000 funcionários têm acesso ao cartão, visto internamente como uma maneira de reduzir a burocracia e agilizar as soluções em situações de campo, quando muitas vezes é necessário ter dinheiro em mãos para deslocamentos.
O IBGE informou que todos os saques feitos com o cartão são auditados, e os responsáveis devem apresentar notas fiscais com a comprovação das despesas. Segundo o diretor-executivo do instituto, Sérgio Côrtes, os cartões recebem "cargas" de dinheiro autorizadas quando é necessário, por tempo limitado.
"O IBGE tem 532 agências espalhadas pelo país. Cada chefe é suprido de cartão porque precisa ter dinheiro à mão para pequenas despesas, como passagens urbanas e deslocamentos." O diretor disse que o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, e ele, segundo no órgão, têm o cartão mas nunca o usaram -o que a Folha constatou no site Portal da Transparência (www.portaltransparencia.gov.br).
Côrtes ofereceu acesso ao sistema interno de prestação de contas. "Se tiver qualquer dúvida, temos o sistema interno, que abrimos e disponibilizamos a qualquer cidadão. Para nós, quanto maior a transparência, melhor."
Ele atribuiu os gastos de São Paulo ao fato de o Estado ser grande, ter muitos municípios e ser o mais industrializado do país, o que exigiu muitos deslocamentos de pesquisadores. Amazonas e Pará também tiveram muitas despesas por causa das grandes distâncias, que dificultam a locomoção interna, como em área de floresta.


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