São Paulo, sábado, 09 de março de 2002

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PAINEL

Poder magnético
Nizan Guanaes já avisou ao PFL que, com o rompimento do partido com FHC, não voltará mais para campanha de Roseana Sarney. O marqueteiro disse que continuará fiel ao tucano.

Vaga aberta
Com a saída definitiva de Nizan Guanaes, o PFL já procura outro marqueteiro para assumir a campanha de Roseana Sarney. O primeiro da lista é um publicitário de São Paulo que nunca fez campanha eleitoral.

Negócio da China
O PFL saiu do governo, mas deixou o pefelista Everardo Maciel no comando da Receita Federal. Coincidência ou não, a empresa de Roseana (MA) deverá passar por auditoria fiscal, caso o processo de investigação seja retomado pelo STJ.

Show do milhão
Roseana Sarney e Jorge Murad (MA), em cuja empresa foram encontrados R$ 1,3 milhão, terão direito este ano à restituição de Imposto de Renda.

Tarde demais
José Serra pediu a seus aliados para reduzirem os ataques a Roseana. A avaliação no PSDB é que, se a candidatura dela for inviabilizada agora, ela fará de tudo para tirar o ex-ministro do páreo. Segundo um tucano, é melhor guardar as munições para a reta final da campanha.

Cúpula desacreditada
A Federação dos Policiais Federais emitiu nota oficial ontem pedindo o afastamento do diretor-geral da PF, Agílio Monteiro, que é filiado ao PSDB. Segundo a entidade, a PF, encarregada da fiscalização eleitoral, não pode ser comandada por pessoa filiada a partido político.

Ética e lei
A federação ameaça com manifestações em todo o país, caso a cúpula da PF seja mantida. Defende a operação na empresa de Roseana Sarney, mas diz que Agílio e a cúpula da PF "estão sob suspeita pública de uso político de uma operação legal".

Papel em branco
Ao contrário do que diz José Dirceu (PT), a oposição ainda não entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do TSE de verticalizar as coligações, segundo o setor de protocolo do próprio tribunal.

Arquibancada coberta
Apesar de estar mais próximo de José Serra, o PMDB decidiu esperar baixar a poeira da briga entre o PSDB e o PFL para decidir que rumo tomar na sucessão. Em suma, quer entrar em campo aos 44 minutos do segundo tempo com a camisa do time que estiver vencendo.

Ausência notada
O ex-ministro Eliseu Padilha (RS), um dos peemedebistas mais próximos de FHC, não esteve na convenção governista de ontem do PMDB. Mas foi à reunião da oposição do partido na semana passada.

Agência de viagens
Preocupado com o quórum da sua pré-convenção em Brasília, o PMDB governista tratou de oferecer passagens e hospedagens para os seus delegados.

Maré pefelista
O empresário Clésio Andrade, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), presidente do PFL mineiro e pré-candidato ao governo de Minas, foi vítima de um sequestro relâmpago na terça à noite em Belo Horizonte. Ficou sem o carro, um BMW.

Juiz de futebol
Depois de FHC, Marco Aurélio (STF) também palpita na seleção de Luiz Felipe Scolari. Para o presidente do Supremo, dentro da área não há ninguém melhor do que o atacante Romário.

Exposição para colegas
Marta Suplicy vai deslocar o seu gabinete em junho, do dia 5 ao dia 8, para o Anhembi. Na época, estará sendo realizado no centro de convenções um congresso internacional de cidades.

TIROTEIO

Do deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), sobre Roseana Sarney culpar os tucanos pela operação da PF:
- As vítimas somos nós [do PSDB", acusados sem provas nem indícios de atos desleais e ilegais. Espero que o PFL não transforme o país em vítima, atuando no Congresso contra os interesses do Brasil.

CONTRAPONTO

Mais do mesmo

Nos meses que antecederam o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência, o então ministro da Saúde, José Serra (PSDB), vivia avisando aos repórteres, em todo evento público, que não daria declarações sobre política. A resposta impacientava os jornalistas, já que a imprensa e boa parte do PSDB dizia que Serra seria candidato.
Ontem, ao chegar ao Centro de Convenções de Fortaleza (CE) para um encontro do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Serra foi cercado pelos repórteres. Para surpresa geral, o senador, que se lançou candidato há 46 dias, foi logo avisando que não falaria de política.
Serra conversou num canto com o governador Tasso Jereissati. Pouco depois, Tasso foi abordado pelos jornalistas, que queriam saber o teor da conversa. O governador explicou:
- Serra foi logo me avisando que não falaria de política...


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