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FIM DE CASAMENTO
Projeto Nova Holanda, acusado de fraude na Sudam, será investigado separadamente pela Justiça
Caso Sudam tem mais um inquérito aberto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A juíza Ednamar Silva Ramos,
na 2ª Vara da Justiça Federal no
Tocantins, determinou a abertura
de um novo inquérito para apurar
no Estado as suspeitas de irregularidades no projeto Nova Holanda. Esse projeto recebeu R$ 32 milhões da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento
da Amazônia), segundo cálculo
da Polícia Federal.
A decisão foi tomada na última
quarta-feira, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal no Tocantins. O projeto Nova
Holanda tem como empresa controladora a Agrima. O Ministério
Público Federal suspeita que a
Agrima ainda esteja ligada à empresa Lunus, da governadora do
Maranhão, Roseana Sarney
(PFL), e de seu marido, Jorge Murad, por meio de um contrato de
gaveta.
A Lunus deixou oficialmente a
participação acionária na Agrima
em 1994. A empresa de Roseana e
Murad sofreu uma operação de
busca e apreensão no dia 1º de
março. Durante a ação, a PF teria
encontrado documentos da Agrima na Lunus
Segundo o Ministério Público,
"o caso Nova Holanda é fruto da
atuação do mesmo agrupamento
de pessoas já denunciado nos autos da ação penal que tramita contra o ex-senador Jader Barbalho
[PMDB-PA" e outros, o qual agia
no intuito de fraudar os recursos
do Finam [Fundo de Investimento da Amazônia"".
Anteontem, o STJ (Superior
Tribunal de Justiça) suspendeu
temporariamente as investigações sobre a suposta ligação entre
o projeto Nova Holanda, a Agrima e o escritório Lunus Participações.
O ministro Ruy Rosado concedeu liminar determinando a suspensão e o envio para o tribunal
de documentos apreendidos na
Lunus durante operação de busca
no último dia 1º.
Ao tomar essa decisão, porém, o
ministro Ruy Rosado de Aguiar
determinou, ainda, que as demais
investigações objeto do mesmo
inquérito policial prossigam normalmente. O STJ é o foro que investiga governadores acusados de
cometer crimes. Roseana tem direito a esse foro até abril, quando
deve se desincompatibilizar para
disputar a Presidência.
Assim, o Ministério Público e a
Polícia Federal continuarão investigando as empresas Agrima e
Nova Holanda.
Ao defender a abertura do novo
inquérito no Tocantins, o Ministério Público ressalta que na aprovação do projeto Nova Holanda
interferiram vários dos denunciados no processo contra Jader, entre eles o ex-superintendente da
Sudam Arthur Guedes Tourinho.
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