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Mercadante é evasivo sobre documento do PT
DA FOLHA ONLINE
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), foi evasivo ao comentar o
documento divulgado pelo PT
na sexta-feira pedindo mudanças na política econômica. "Como petista, concordo com todas as decisões do partido. Como líder do governo, defendo
as decisões do governo. Vocês
façam a síntese", declarou.
Segundo o senador, o texto
não causou nenhum tipo de
mal estar porque "o partido
tem o direito de se manifestar".
Ele disse ainda não acreditar
que o episódio possa ter influência sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), prevista para os próximos
dias 16 e 17, que definirá a taxa
básica de juros.
Além de pedir mudanças na
política econômica, o texto do
PT acusa a imprensa e a oposição de fazerem uma "campanha sistemática" contra o partido por causa do caso Waldomiro Diniz, ex-assessor do Planalto que aparece em vídeo de
2002 pedindo dinheiro a um
empresário de jogos. Na época,
ele presidia a Loterj (Loteria do
Estado do Rio de Janeiro).
Ministério da Saúde
Sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Saúde,
Mercadante disse que, embora
tenha havido uma articulação
interna nesse sentido, isso não
acontecerá neste momento.
O líder governista afirmou
que se reuniu por três horas
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva na última sexta-feira e que disse que gostaria de
continuar na liderança do governo no Senado.
Mercadante negou ainda que
a atuação da liderança do governo no Congresso na CPI dos
bingos e no caso Waldomiro
Diniz tenha sido mal avaliada
pelo Planalto. "Tanto a atuação
foi boa que não vai haver CPI."
Para o senador, o assunto CPI
está superado no Congresso
Nacional.
(CAIO MAIA)
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