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CASO BANPARÁ
Deputado teria desviado verba de banco
Procurador-geral pede abertura de processo criminal contra Jader
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Claudio Fonteles, pediu ao
STF (Supremo Tribunal Federal)
que abra processo criminal contra
o deputado Jader Barbalho
(PMDB-PA) para apurar a sua
responsabilidade por desvios de
dinheiro do Banpará (Banco do
Estado do Pará).
Na denúncia ao STF, Fonteles o
acusa de praticar peculato, que
significa uso do cargo para se
apropriar de dinheiro ou bem. O
crime teria ocorrido quando Jader era governador do Pará (de
1984 a 1987). O Código Penal prevê de 2 a 12 anos de prisão na hipótese de condenação.
Em agosto de 2001, o ministro
do STF Carlos Velloso abriu inquérito para iniciar essa apuração
e decretou a quebra do sigilo bancário do então senador. Desde então, o caso estava sob investigação
da Polícia Federal.
A ordem de quebra do sigilo estendeu-se de janeiro de 1984 a junho de 1990 e atingiu outras 48
pessoas citadas no inquérito. Pouco depois dessa decisão judicial,
Jader renunciou ao mandato de
senador para escapar de processo
de cassação.
Na época, pesavam contra ele
suspeitas de desvio de dinheiro do
Banpará e da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da
Amazônia) e de venda de TDAs
(títulos da dívida agrária) de uma
fazenda desapropriada que teriam sido emitidos de forma fraudulenta quando ele foi ministro
da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, em 1988 e 1989, no governo Sarney.
Jader é réu em duas outras ações
penais. Além desses processos, essa é a terceira denúncia contra ele
oferecida por Fonteles nos últimos cinco meses. O STF ainda
não decidiu sobre elas.
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