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NEO-OPOSIÇÃO
Os deputados Pauderney e Aleluia são candidatos
Grupos de ACM e de Bornhausen se enfrentam em eleição de líder do PFL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em meio a mais uma disputa
interna pelo poder da legenda e
dividido entre ser oposição radical ou oposição moderada ao governo, o PFL reúne hoje seus 63
deputados federais para eleger o
líder do partido na Câmara.
De um lado, o senador Jorge
Bornhausen (SC), presidente da
legenda, tenta bancar a reeleição
do deputado José Carlos Aleluia
(BA), que se destacou no ano passado pela forte oposição ao governo e pelas trombadas com outro
cacique do partido, o senador Antonio Carlos Magalhães (BA).
ACM lidera a ala pefelista que
apóia o governo, há tempos se desentende com Bornhausen e lançou para a disputa de hoje o deputado Pauderney Avelino (AM),
um de seus aliados na Câmara.
O resultado de amanhã revelará
se o PFL na Câmara parte com
mais força para a oposição ferrenha ao governo (Bornhausen/Aleluia) ou se assume uma posição
de aliança tácita, na medida do
possível, com o Palácio do Planalto (ACM/Pauderney).
Além disso, a disputa mostrará
quem levará a melhor nesse mais
recente desencontro entre ACM e
Bornhausen.
Do lado de ACM está, entre outros, o vice-presidente da Câmara,
Inocêncio Oliveira (PE), cujo gabinete serviu ontem de quartel-general para a busca final de votos
para Pauderney. Bornhausen
conta, entre outros, com o apoio
do líder do partido no Senado, José Agripino (RN).
"O partido precisa de oxigenação, com rodízio na liderança. O
deputado Aleluia perdeu a capacidade de aglutinar o partido",
afirmou Pauderney, que passou
parte do dia de ontem reunido
com o deputado ACM Neto (BA),
principal voz de ACM na Câmara,
no ano passado.
"A única hipótese que o candidato trabalha é a da vitória. Acredito na vitória e, podem ter certeza, faremos oposição firme ao governo", afirmou Aleluia.
(RANIER BRAGON)
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