São Paulo, quinta-feira, 09 de março de 2006

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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

FHC, Tasso e Aécio se encontram em São Paulo e devem conversar com pré-candidatos; Serra dá sinais de que pretende concorrer

Cúpula se reúne para resolver impasse tucano

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O comando do PSDB se reúne amanhã, em São Paulo, em mais uma tentativa de pôr fim ao impasse na escolha do candidato do partido para a disputa à Presidência da República.
O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas, Aécio Neves, se encontram já na manhã de sexta-feira.
Tasso terá uma reunião com cada um dos dois postulantes, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e o prefeito José Serra.
A expectativa dos chamados serristas é que o prefeito confirme a Tasso a disposição de concorrer à Presidência, autorizando o senador a negociar com Alckmin.
Segundo aliados de Serra, o prefeito dá sinais de que pretende concorrer à Presidência. Mas está sob pressão de FHC para que leve em consideração a disputa pelo governo do Estado. O argumento de FHC tem sido o de que o PSDB não pode perder o Palácio dos Bandeirantes, sob o comando do partido há três mandatos.
Segundo interlocutores de Serra, o prefeito tem manifestado a disposição de concorrer ao Palácio do Planalto.
Mas a disputa pelo governo do Estado não deixa de ser uma "hipótese". Para análise dos cenários, os tucanos chegaram a encomendar uma pesquisa. Segundo integrantes do partido, a consulta apresenta simulações com seu nome à Presidência e ao governo do Estado.
Apelidado de "plano B", a disputa pelo Palácio ao Bandeirantes divide aliados de Serra. Enquanto uns alegam que, se é para correr riscos, que seja pelo Planalto, outros argumentam que a demora de Serra já inviabilizou sua candidatura, e que a premissa imposta por ele -a unidade em torno de seu nome- não se materializará:
"Tem essa questão do "timing". Essa demora toda já trouxe prejuízos à manutenção da candidatura Serra", ponderou o deputado Antônio Carlos Pannunzio.
Até ontem, no entanto, Serra estaria colocando a idéia como última de suas alternativas, atrás até da permanência na prefeitura.


Colabou Kennedy Alencar, da Sucursal de Brasília


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