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Depois de vaias,
comandante faz discurso no avião
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a mulher envergonhada após vaias de todos os passageiros, o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, ensaiou um discurso
no vôo da TAM que voltou da
pista para que o casal embarcasse. Pediu desculpas, mas
disse que a culpa não era dele,
mas sim da companhia aérea.
Aos passageiros, depois da
longa espera, o comandante do
vôo disse que teriam de voltar,
porque tinha "uma autoridade,
um ministro", que precisava
embarcar de qualquer jeito.
Os passageiros ficaram indignados, segundo o relato de
quem estava lá. O engenheiro
Paulo Pimenta da Costa, 43,
voltava de Florianópolis (a parada em Campinas era uma escala até Brasília) e foi um dos
que reclamaram da carteirada.
Com a porta já fechada, aeromoças perguntaram se alguém
que embarcou em Campinas
poderia ficar, e a estadia seria
paga. Como ninguém quis, o
avião foi rumo à pista. Em seguida, voltou. Um casal desceu,
e os passageiros ainda esperaram cerca de 15 minutos.
Quando o casal entrou, houve vaias. Após guardar a bagagem de mão, o general fez o discurso. Quando disse que tinha
um compromisso inadiável,
ouviu de outro passageiro: "Eu
também. E perdi". "Acho que
ele não está acostumado a receber vaias", disse Costa.
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