São Paulo, quinta-feira, 09 de março de 2006

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Depois de vaias, comandante faz discurso no avião

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a mulher envergonhada após vaias de todos os passageiros, o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, ensaiou um discurso no vôo da TAM que voltou da pista para que o casal embarcasse. Pediu desculpas, mas disse que a culpa não era dele, mas sim da companhia aérea.
Aos passageiros, depois da longa espera, o comandante do vôo disse que teriam de voltar, porque tinha "uma autoridade, um ministro", que precisava embarcar de qualquer jeito.
Os passageiros ficaram indignados, segundo o relato de quem estava lá. O engenheiro Paulo Pimenta da Costa, 43, voltava de Florianópolis (a parada em Campinas era uma escala até Brasília) e foi um dos que reclamaram da carteirada.
Com a porta já fechada, aeromoças perguntaram se alguém que embarcou em Campinas poderia ficar, e a estadia seria paga. Como ninguém quis, o avião foi rumo à pista. Em seguida, voltou. Um casal desceu, e os passageiros ainda esperaram cerca de 15 minutos.
Quando o casal entrou, houve vaias. Após guardar a bagagem de mão, o general fez o discurso. Quando disse que tinha um compromisso inadiável, ouviu de outro passageiro: "Eu também. E perdi". "Acho que ele não está acostumado a receber vaias", disse Costa.


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