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Protestos contra norte-americano se espalham pelo país
Governador do Maranhão veste boné do MST e enforca boneco de Bush; manifestações ocorreram em 17 Estados
Lojas do McDonald's são atacadas e bandeiras dos EUA, queimadas; celebração
do Dia Internacional da Mulher incorpora protestos
DA AGÊNCIA FOLHA
Lojas do McDonald's atacadas, bandeiras dos EUA queimadas, bonecos de George W.
Bush enforcados. Além da manifestação na Paulista (SP), pelo menos 17.500 pessoas foram
às ruas em 17 Estados do país
ontem para protestar contra a
chegada do presidente norte-americano a São Paulo.
Em São Luís (MA), o governador Jackson Lago (PDT),
usando um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra), participou
do enforcamento de um boneco representando Bush.
A manifestação, assim como
no resto do Brasil, também celebrou o Dia Internacional da
Mulher. Lago afirmou que a data simbolizava a "crueldade e a
dureza do grande capital estrangeiro no país e a luta das
mulheres por seus direitos".
Mesmo longe da capital paulista, como em Goiânia (GO),
manifestantes ligados à Via
Campesina e ao MST elegeram
as lojas do Wal-Mart e do
McDonald's como alvos.
Cerca de 800 pessoas atiraram tomates na lanchonete.
Durante uma passeata, foi enforcado e queimado um boneco
de Bush. No hipermercado, o
protesto foi contra alimentos
transgênicos e o uso de agrotóxicos em lavouras.
Na Bahia, 3.500 pessoas participaram de uma caminhada
no centro de Salvador. Com um
trio elétrico para animar o público, o protesto, comandado
pelo Grupo Gay da Bahia, começou com a queima de três
bonecos representando o presidente americano. Os cartazes
diziam "Fora Bush, abaixo o
imperialismo americano machista e homofóbico".
No Ceará, 600 pessoas ficaram em frente a uma loja do
McDonald's de Fortaleza distribuindo tapioca e exibindo
uma faixa "Bush, inimigo número um da humanidade".
Em Manaus (AM), 200 estudantes usaram máscaras de
Bush com o bigode de Hitler e
levaram faixas contrárias ao
presidente como "Bush, tira as
patas do Iraque". Dois turistas
de Seattle (EUA) se juntaram
ao coro de "Fora Bush".
Já na capital do Rio Grande
do Sul, estudantes e sem-terra
queimar bandeiras dos EUA e
um boneco de Bush na frente
de uma agência do Citibank. A
manifestação não poupou o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Para os estudantes, Lula é
"amigo" de Bush.
Em Belém (PA), a mobilização teve como lema "Mulheres
da Amazônia contra o imperialismo e em defesa de seus direitos". Cerca de 1.500 pessoas levaram para a marcha um bode
ao qual deram o nome do presidente norte-americano.
Na Paraíba e em Mato Grosso, houve protestos contra o
avanço da fronteira agrícola da
cana-de-açúcar -um dos temas da visita de Bush.
Em Belo Horizonte (MG), os
manifestantes fizeram uma
passeata até o Palácio da Liberdade (sede do governo estadual), onde vaiaram Bush.
Em Alagoas, Sergipe, Piauí,
Espírito Santo e Paraná, também houve atos anti-Bush.
Em Recife (PE), os manifestantes queimaram um boneco
que do presidente dos EUA,
mas não conseguiram jogar tinta vermelha no Consulado norte-americano. A PM montou
barreiras na rua, a 50 metros da
representação diplomática.
No Rio de Janeiro, cerca de
400 pessoas, incluindo estudantes e militantes de PSTU e
PSOL, cercaram com uma corda o Consulado americano, no
centro do Rio. Eles jogaram um
saco plástico com tinta vermelha em um segurança.
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