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PSDB tem dificuldades em formar palanques para 2010
Em apenas 10 dos 27 Estados os tucanos têm candidatos naturais aos governos
Caciques apontam a força da legenda em SP e MG, mas lembram que carência de palanques contribuiu para a derrota de Alckmin em 2006
MARIA CLARA CABRAL
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Principal partido de oposição
ao governo Lula, o PSDB tem
dificuldade para formar palanques estaduais que deem sustentação em 2010 a seu candidato à Presidência da República, José Serra ou Aécio Neves.
Das 27 unidades da Federação, em apenas 10 os tucanos
têm candidatos naturais aos
governos. Nas demais, ou eles
dependem de coligações, seja
com o aliado DEM ou até mesmo com agremiações adversárias no cenário federal, ou veem
os diretórios regionais divididos em relação ao nome de
quem deve ser candidato.
"De fato, temos problemas
em alguns Estados", admite o
presidente do partido, senador
Sérgio Guerra (PE). "Mas somos muito fortes em São Paulo
e Minas Gerais, os dois maiores
colégios eleitorais", afirma.
O secretário-geral tucano,
deputado Rodrigo de Castro
(MG), lembra que a legenda
sentiu falta de palanques regionais na campanha de Geraldo
Alckmin, em 2006. "Foi um dos
motivos da nossa derrota."
O maior problema do PSDB é
no Norte e no Nordeste, principalmente após a cassação de
Cássio Cunha Lima (PB), único
governador tucano na região,
por abuso de poder econômico.
No Nordeste, só no Ceará o
PSDB detém o maior número
de prefeituras. Mesmo assim,
os aliados PT-PMDB-PSB dominam juntos 70 prefeituras,
segundo o resultado das eleições de 2008. Na região Norte,
apesar de administrar Roraima, o PSDB tem situação ainda
mais precária. No Amazonas,
só quatro municípios são comandados por tucanos, o que
deve dificultar a reeleição do
senador Arthur Virgílio.
Caciques do partido começam, antes mesmo de definir o
candidato presidencial, a articular palanques estratégicos no
máximo de Estados possíveis.
"A filosofia é montar um palanque em cada Estado com
candidatos que unam viabilidade e fidelidade. Não podemos
ter palanques duplos e queremos evitar dar apoio a governadores que apoiarão o candidato
do presidente Lula", diz Castro.
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