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2002
Partido tenta tomar bandeiras do "novo PT" e se mostrar ligado ao social
Propaganda tucana fala de ética
DA REPORTAGEM LOCAL
O PSDB, partido do presidente
Fernando Henrique Cardoso, iniciou no sábado uma série de inserções gratuitas na televisão para
exibir os programas sociais do governo federal e o compromisso
que declara ter com a ética.
O objetivo dos tucanos é disputar espaço com o "novo PT", que
abandonou a defesa do socialismo e tem a defesa da ética e da
transformação social como principais bandeiras.
A propaganda tucana apresenta
os programas Telecomunidade,
Saúde da Família, Bolsa-Escola e
Alvorada, além da Lei de Responsabilidade Fiscal, como realizações do "governo do PSDB", sem
fazer referência explícita ao presidente da República ou ao governo
federal. Fala apenas em realizações do "governo do PSDB".
Os projetos são apresentados
pelos ministros José Serra (Saúde), Paulo Renato Souza (Educação) e Pimenta da Veiga (Comunicação), além do governador do
Ceará, Tasso Jereissati, e do presidente da Câmara dos Deputados,
Aécio Neves (PSDB-MG).
Tasso, Serra e Paulo Renato são
possíveis pré-candidatos à Presidência da República em 2002. Todos falam sobre projetos sociais.
A Bolsa-Escola, apresentada pelo ministro da Educação, é uma
das principais bandeiras do PT e
foi implantada nas principais cidades administradas pelos petistas. O programa foi adotado pelo
governo federal e, agora, os tucanos prometem colocar todas as
crianças brasileiras, de 6 a 15 anos,
nas escolas até o fim de 2002.
O Projeto Alvorada, que atende
os 2.313 municípios mais pobres
do país, é apresentado por Jereissati. O mesmo programa já serviu
de palanque para Serra.
Ética
A única inserção que não ressalta os programas sociais tenta
marcar a imagem do PSDB como
sendo "o partido da ética na política brasileira". Apresentada pelo
presidente da Câmara, deputado
Aécio Neves (PSDB-MG), a propaganda afirma que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi "feita pelo governo do PSDB" e que "o povo brasileiro nunca teve um instrumento como esse para colocar
os corruptos na cadeia".
Na verdade, ela não serve para
punir políticos corruptos, mas
aqueles que administram de forma temerária, gastando mais do
que o que arrecadam -o que não
significa corrupção.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados e obteve votos de diversos partidos.
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