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São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003

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MÍDIA

Crítico discute situação da arte contemporânea

DA REPORTAGEM LOCAL

A arte contemporânea provoca um estranhamento no público leigo. Por quê? A afirmativa e a pergunta nortearam ontem a conferência que o crítico e professor Agnaldo Farias, 47, realizou na Faculdade de Jornalismo da UniFiam-Faam, em São Paulo.
Foi a segunda palestra promovida este ano pela Cátedra Octavio Frias de Oliveira, criada em 2002 para homenagear o publisher da Folha. A primeira, sobre MPB, se deu no dia 31 de março. A próxima, sobre o Projeto Genoma Humano, será no dia 14 de maio com a jornalista Mônica Teixeira.
Na explanação de ontem, acompanhada por estudantes de jornalismo e de arquitetura, Farias defendeu que aquele estranhamento se deve principalmente ao fato de a mídia vender a arte como um entretenimento. "O público vai às exposições de arte contemporânea pensando em encontrar apenas diversão e se decepciona, já que se vê diante de algo muito mais complexo."
Para ele, tal complexidade se revela inevitável. "A arte atual lida com os limites da expressão e resulta de um mundo muitíssimo complicado. Não se pode, portanto, exigir simplicidade dela. Se o fizermos, estaremos sendo omissos em relação ao nosso tempo."
A palestra -que durou 40 minutos e gerou um debate de uma hora- teve como base o livro "Arte Brasileira Hoje", escrito por Farias para a série "Folha Explica". O autor leciona no curso de arquitetura e urbanismo da USP em São Carlos. Foi também curador da representação brasileira na 25ª Bienal de São Paulo.


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