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MÍDIA
Crítico discute situação da arte contemporânea
DA REPORTAGEM LOCAL
A arte contemporânea provoca
um estranhamento no público
leigo. Por quê? A afirmativa e a
pergunta nortearam ontem a
conferência que o crítico e professor Agnaldo Farias, 47, realizou
na Faculdade de Jornalismo da
UniFiam-Faam, em São Paulo.
Foi a segunda palestra promovida este ano pela Cátedra Octavio Frias de Oliveira, criada em
2002 para homenagear o publisher da Folha. A primeira, sobre
MPB, se deu no dia 31 de março. A
próxima, sobre o Projeto Genoma
Humano, será no dia 14 de maio
com a jornalista Mônica Teixeira.
Na explanação de ontem, acompanhada por estudantes de jornalismo e de arquitetura, Farias defendeu que aquele estranhamento se deve principalmente ao fato
de a mídia vender a arte como um
entretenimento. "O público vai às
exposições de arte contemporânea pensando em encontrar apenas diversão e se decepciona, já
que se vê diante de algo muito
mais complexo."
Para ele, tal complexidade se revela inevitável. "A arte atual lida
com os limites da expressão e resulta de um mundo muitíssimo
complicado. Não se pode, portanto, exigir simplicidade dela. Se o
fizermos, estaremos sendo omissos em relação ao nosso tempo."
A palestra -que durou 40 minutos e gerou um debate de uma
hora- teve como base o livro
"Arte Brasileira Hoje", escrito por
Farias para a série "Folha Explica". O autor leciona no curso de
arquitetura e urbanismo da USP
em São Carlos. Foi também curador da representação brasileira na
25ª Bienal de São Paulo.
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