DA REPORTAGEM LOCAL

A pesquisa Datafolha revela uma mudança de percepção dos brasileiros sobre o governo Lula: caiu 12 pontos o percentual dos que acham que os trabalhadores em geral serão os mais beneficiados pela administração petista.
Em dezembro, 43% acreditavam nessa opção, mas o índice se reduziu para 31% agora.
Ainda está à frente, mas com uma folga menor em relação ao setor da agricultura (que seria o mais beneficiado para 20%) e aos próprios políticos (apontados por 13% como tal, um aumento de seis pontos, na comparação com dezembro).
A expectativa de que Lula beneficiará os trabalhadores é maior entre os mais ricos (36%) do que entre os mais pobres (30%) e maior entre os mais escolarizados (38%) do que entre os de menor instrução (28%).
Em relação ao setor industrial, permaneceu estável em 11% o índice daqueles que acreditam que será beneficiado pela administração de Lula.
A esperança de que políticos e bancos seriam os mais prejudicados na gestão petistas começou a ser reduzida também. Em dezembro, 21% achavam que os políticos perderiam e 17% que os bancos seriam atingidos. Agora, essa taxa é de 18% para os primeiros e de 12% para os últimos.
Na contrapartida, aumentou de 10% para 16% aqueles que dizem que os trabalhadores de forma geral serão os maiores prejudicados.
Aumentou três pontos o percentual daqueles que acreditam que o comércio será prejudicado no governo Lula, passando de 10% para 13%.

Radicais não atrapalham
As críticas constantes de integrantes do próprio PT ao governo de Lula são de conhecimento restrito e não afetaram a imagem do partido.
Segundo o Datafolha, 37% da população avalia que o partido está ajudando um pouco a Lula e 32% afirmam que auxilia muito.
É baixa a taxa daqueles que acreditam que o PT está atrapalhando um pouco (10%) ou muito (6%).
Os chamados radicais petistas fazem barulho, mas são pouco reconhecidos. Dos ouvidos, 67% declararam não ter tomado conhecimento das críticas de petistas ao governo Lula.
Dos entrevistados que tomaram conhecimento das críticas, 56% dizem que há razão em parte delas, mas não na maioria; 29% afirmam que não têm razão em nenhuma das críticas; e 10% acham que têm razão na maioria delas.
Entre os que se declaram simpatizantes do PT, 58% concordam com parte das críticas, mas não com sua totalidade; 32% não vêem razão nenhuma; e 6% as apóiam em sua maior parte.


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