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Projeto de reajuste não encerra greve na AGU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo enviou ontem projeto de lei ao Congresso Nacional
que eleva os salários da área jurídica do Executivo (defensores,
procuradores da Fazenda Nacional, do Banco Central, da área federal e advogados da União), mas
os representantes desses funcionários dizem que eles deve continuar em greve.
De acordo com a assessoria da
AGU (Advocacia Geral da União),
com as reestruturações de carreiras estabelecidas no projeto, o salário inicial -com gratificações- desses profissionais vai
passar de R$ 4.973 para R$ 7.263
até abril de 2005.
O delegado do Sindicato dos
Procuradores da Fazenda Nacional no DF, Aldemário Castro, disse que o projeto foi apresentado
aos servidores há duas semanas e,
em seguida, rejeitado nas assembléias. A greve começou em 15 de
março e, segundo o sindicalista,
atinge 90% da categoria.
Castro explicou que os profissionais da área jurídica do Executivo vêm sendo atraídos por remunerações maiores nos outros
Poderes ou no setor privado. Na
exposição de motivos do projeto,
o governo reconhece o problema
e diz que a idéia é justamente deter a migração: "Nos últimos três
concursos da AGU, 50% dos
aprovados não tomaram posse".
O projeto do governo aponta
que há limites orçamentários para
a recomposição de salários e informa que está estendendo a Gratificação de Desempenho da Atividade Jurídica aos aposentados.
Essa gratificação teria um limite
de 30% do vencimento básico.
Em 2004, o aumento salarial
previsto no projeto é menor e custará ao governo R$ 116 milhões.
Em 2006, custará R$ 340 milhões.
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