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DATAFOLHA/PRESIDÊNCIA
Sem peemedebista, presidente tem mais da metade dos votos válidos e vence no 1º turno
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Ex-governador do Rio, que tem 15% das preferências, fica a 5 pontos do 2º colocado
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Lula segue líder; Garotinho fica mais perto de Alckmin
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Ficou mais acirrada a disputa
pelo segundo lugar na corrida
presidencial de 2006. Nova pesquisa Datafolha revela uma queda
de 11 para 5 pontos na diferença
entre o ex-governador paulista
Geraldo Alckmin (PSDB) e Anthony Garotinho (PMDB).
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) segue na liderança,
com 40% das intenções de voto e
sem nenhuma perda em sua avaliação positiva nas últimas três semanas -marcadas por uma nova escalada de escândalos.
Alckmin continua à frente na
disputa pelo segundo lugar, mas
as intenções de voto no tucano
caíram de 23% para 20%. Garotinho subiu de 12% para 15%. À
frente dos dois, Lula oscilou negativamente de 42% para 40%.
O levantamento nacional, registrado no TSE com o nº 4196/2006,
foi feito na quinta e na sexta-feira
entre 3.795 pessoas em 182 municípios do país. A margem de erro
é de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos. A pesquisa
anterior havia sido realizada entre
os dias 16 e 17 de março.
Exposição no rádio e na TV
Nunca Garotinho teve tantas intenções de voto nesta disputa. A
subida, porém, coincide com um
período de forte exposição do
candidato na TV, em uma série de
programas políticos do PMDB.
Ao todo, o PMDB e Garotinho
tiveram oito dias de inserções nacionais em emissoras abertas de
TV e de rádio desde o início de
março, seis desses dias dentro do
período compreendido entre as
duas últimas pesquisas Datafolha.
Em cada dia, o PMDB teve cinco
minutos de propaganda distribuídos ao longo da programação. No
total, Garotinho e seus partidários
tiveram 40 minutos em cada uma
das emissoras de rádio e TV abertas do país.
Em algumas das inserções, o
candidato atacou os juros altos e
louvou programas de sua autoria
no Rio, como o Cheque-Cidadão
e os restaurantes a R$ 1. Garotinho também teve forte exposição
na mídia por causa da prévia eleitoral do PMDB, em 19 de março.
A pesquisa Datafolha anterior
captou o mesmo movimento a favor de Alckmin, que chegou a
23% depois de ter sido escolhido
candidato do PSDB à Presidência.
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, nos dois casos é preciso considerar a exposição dos candidatos nesses períodos. "Sempre que há algo amplificado pela TV, ocorre um reflexo
imediato na opinião pública",
afirma Paulino.
Vitória no primeiro turno
Em um eventual segundo turno,
Lula bateria tanto Alckmin como
Garotinho. No primeiro cenário,
venceria por 52% a 37%. Contra
Garotinho, por 54% a 32%.
Na disputa direta com Alckmin,
o petista venceria por 70% a 20%
na região Nordeste, seu principal
reduto eleitoral. Entre os mais pobres (renda de até cinco salários
mínimos), Lula teria 54%, contra
34% de Alckmin. Entre os mais ricos (renda acima de dez mínimos), perderia por 58% a 31%.
Caso o PMDB desista de ter candidato próprio à Presidência, Lula
tem chances de vencer a eleição
no primeiro turno, mesmo com a
candidata do PSOL, Heloísa Helena, no páreo. Neste cenário, Lula
teria 52% dos votos válidos em 1º
de outubro; Alckmin, 28%.
Um candidato é declarado vitorioso já no primeiro turno da eleição se obtiver maioria absoluta
dos votos válidos (excluídos os
brancos e nulos).
Sem Garotinho e Helena na disputa, as chances de Lula aumentam e colocam o presidente com
55% dos votos válidos já no primeiro turno. No Estado de São
Paulo e na região metropolitana
da capital, o ex-governador paulista tem o dobro das intenções de
voto, 41% e 42%, respectivamente, do que na média nacional.
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