São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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Líderes militam em partidos, mas negam influência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Luiza, Catharina e Fábio são os nomes mais falados e procurados na invasão da reitoria da UnB. São os estudantes que se destacaram desde o início do movimento e que são vistos como líderes -apesar de negarem o título.
As meninas são militantes do PSTU, mas não são filiadas. Fábio é filiado ao PSOL e foi candidato a deputado distrital nas eleições passadas. Disse ter alcançado 800 votos e que não vai mais concorrer. "Gasta muito e dá muito trabalho", afirma.
Fábio Felix, 22, é aluno do oitavo semestre de serviço social e morador do Guará, cidade-satélite de Brasília. Ele já perdeu mais de dois quilos desde o início da invasão, diz a irmã, Juliana Felix, que foi visitá-lo pela primeira vez. "Ele estava fazendo regime antes disso, agora está em regime compulsório."
Luiza Oliveira, 18, do quarto semestre de ciências sociais, e Catharina Lincoln, 20, do terceiro de história, são consideradas mais enérgicas. A mais nova diz ter apoio da família, apesar de dizer que a mãe está preocupada. "Meu pai é mais tranqüilo, já foi do PT", diz Luiza.
O pai de Catharina ficou "bravo" no início, segundo ela, mas depois entendeu.
Os três falam bem em assembléias e com a imprensa. Dizem já ter experiência com movimento estudantil. Eles relutam em vincular o movimento que tomou conta da reitoria com partidos políticos. "Esse é um movimento suprapartidário, que inclui movimentos organizados da UnB", disse Luiza. (JN)


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