São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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PAINEL

Erro de prioridade
FHC aproveitou o caso Ricardo Sérgio para chamar a atenção de José Serra. Está preocupado com o centralismo do presidenciável, que não delega tarefas a auxiliares e, com isso, emperra a campanha. Para ele, o tucano tem de cuidar é do eleitor.

Pé na estrada
A partir de agora, Serra, na visão de FHC, precisa ter mais contato com o eleitorado em suas viagens, deixando em segundo plano o "tititi" político. Pimenta da Veiga passará a cuidar da agenda do pré-candidato.

Aliado incômodo
Pré-candidato ao Senado, Jader Barbalho (PMDB) quer subir no palanque de Serra no Pará. O tucano, que ajudou a elegê-lo presidente do Senado, mandou dizer que não aceita.

Turbulências regionais
As cúpulas de PSDB e PMDB estão preocupadas com os acertos regionais entre as siglas, dos quais o caso Jader é um dos mais difíceis. Teme-se que, sem os acertos nos Estados, os governistas do PMDB cheguem à convenção do partido sem uma margem segura para aprovar o apoio a José Serra.

Tudo a ver
Um site religioso tem feito muito sucesso em Brasília, principalmente no PFL: no endereço www.catholic-forum.com/saints/saintj44.htm descobre-se que há um José Serra santo, beatificado em 1988 pelo papa. Trata-se de um missionário espanhol que viveu no século 18.

A conferir
Carlos Augusto Montenegro (Ibope) previu, em conversa com tucanos, que Serra vá cair nas próximas pesquisas e ser ultrapassado por Garotinho.

Otimismo tucano
Numa reunião em sua casa com parlamentares, José Aníbal (PSDB) pintou um cenário cor-de-rosa para Serra. Para o tucano, Ciro teria atingido seu teto eleitoral e Garotinho não teria mais como crescer.

Pito banqueiro
A Câmara Americana de Comércio de SP condenou ontem os bancos americanos que aumentaram o risco Brasil devido à possibilidade de vitória de Lula. Segundo a Câmara, os compromissos firmados pelo Brasil no exterior serão cumpridos mesmo em um governo do PT.

Desinformação e predação
"As indicações de parâmetros de risco feitos por alguns bancos mal informados (...) devem ser creditados ou ao desconhecimento (...) da economia brasileira ou a uma especulação de natureza predatória", diz a nota da Câmara, assinada por Paulo de Albuquerque, diretor do comitê de economia da entidade.

Recorde absoluto
A tentativa do "profissional" PFL de criar um factóide lançando a candidatura presidencial de Marco Maciel durou duas horas. Às 11h, o nome do vice foi ventilado para a sucessão. Às 13h, o pefelista pernambucano desautorizou Inocêncio Oliveira.

Empate técnico
Ao saber da "candidatura" Marco Maciel, o deputado federal Alexandre Cardoso (PSB) lançou um concurso para descobrir quem tem o sorriso mais bonito: Serra ou o vice?

Palavra moderada
Em resposta a um ofício de Suplicy (PT), Paul O'Neill, secretário do Tesouro dos EUA, enviou uma carta em que suaviza o teor do que disse em fevereiro, no Fórum Econômico Mundial, quando culpou a corrupção pelos juros altos no Brasil.

Visitas à Folha
Marcos Mendonça, secretário de Estado da Cultura, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Adélia Adaime Lombardi, assessora-chefe de comunicação da secretaria.
 
Ricardo Gonçalves, presidente da Parmalat Brasil, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Afonso Champi, gerente de comunicação da empresa, e de Inês Castelo, sócia-diretora da Máquina da Notícia.

TIROTEIO

De Valdemar Costa Neto (PL), sobre FHC ter dito que não se recorda se Luiz Carlos Mendonça de Barros falou ou não com ele sobre o suposto pedido de propina no leilão da Vale:
- Trata-se de um típico caso de memória seletiva.

CONTRAPONTO

Cochilo cultural

O governador Albano Franco (PSDB-SE) participou, no último dia 17, da inauguração do teatro Tobias Barreto, em Aracaju (SE). Na tribuna montada no palco, o governador aproveitou para anunciar o início de um ciclo de peças teatrais que seriam encenadas como parte da comemoração.
Franco começou a ler a lista de peças, que lhe foi passada pelo cerimonial. No meio da leitura, soltou a pérola:
- Uma das atrações infantis é a peça "O Mágico de Ó Zê".
O governador se referia a uma peça baseada no livro de Frank Baum, que gerou o famoso filme de 1939 de Victor Fleming.
Na platéia, formada por políticos de todos os partidos, como o prefeito Marcelo Déda (PT), houve um burburinho. O governador levantou a cabeça. Ele próprio percebeu a gafe:
- Como eu estava dizendo, a peça "O Mágico de Oz"...



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