São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004

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Compra gerou uma investigação e teve polêmica nos gastos

DA REDAÇÃO

O anúncio, em janeiro deste ano, da compra de um novo avião presidencial causou polêmica quanto aos gastos e foi motivo de investigação do Ministério Público Federal. O objetivo dos procuradores era averiguar se a compra, feita sem concorrência, foi regular.
Em relação aos gastos, reportagem da Folha revelou, em março, que uma das prestações da nova aeronave havia consumido 75% dos recursos investidos pelo governo federal no ano até a ocasião. A parcela de R$ 46,9 milhões era equivalente a quase 50 vezes o valor investido em segurança, transportes e organização agrária no período.
No mês passado, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro Guido Mantega (Planejamento) foi cobrado pelos parlamentares a explicar a situação. Ele justificou os gastos dizendo temer andar no avião atual. "É uma vergonha deixar o presidente voar num avião desses. Eu não me arrisco."
O governo, ao anunciar a compra em janeiro, disse que a aeronave que hoje serve à presidência, um Boeing-707 que também é conhecido como "Sucatão", é um aparelho obsoleto, que causa "embaraços" no exterior pelos altos níveis de ruído ao pousar.


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