São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004

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OUTRO LADO

Ex-prefeito diz que acusação tem fim eleitoral

DA REDAÇÃO

Paulo Maluf atribuiu a fins eleitorais a divulgação de um documento em que sua assinatura aparece na abertura de uma conta bancária na Suíça, em 1985. "Não tenho nenhuma lembrança de ter assinado. A assinatura é de dez anos atrás. Não lembro".
Segundo ele, deve-se perguntar quem se beneficiaria com seu enfraquecimento na corrida pela prefeitura paulistana neste ano: "O Datafolha faz uma pesquisa e me dá 24%, 22% para o Serra [José, do PSDB] e 17% para a Marta [Suplicy, do PT]". De acordo com o ex-prefeito, alguns integrantes do Ministério Público "fazem política eleitoral, o que é lastimável" e questiona por que os promotores não o acusam formalmente na Justiça.
Segundo Maluf, "tem um velho ditado em latim que diz: Cui prodest? [A quem beneficia?] Se eu estivesse em último lugar nas pesquisas, ninguém estaria preocupado em dizer mentiras a meu respeito. Faço por meio desta declaração na Folha uma escritura: o primeiro que achar o dinheiro é dele".
Sobre um documento exibido pela TV, no qual um alemão afirma ter aberto uma subconta de US$ 375 mil no nome de Flávio Maluf, respondeu: "Coitado do Flávio [rindo]. Você tira três zeros, põe em cruzeiros antigos, ele não tem isso".


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