São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DATAFOLHA

Percentual de ótimo/bom sobe de 27% para 31%, mesmo índice obtido em fevereiro; nota média estaciona em 5,3

FHC repete melhor avaliação do 2º mandato

DA REPORTAGEM LOCAL

O percentual de eleitores que avaliam como ótimo ou bom o governo Fernando Henrique Cardoso subiu de 27% para 31%, revela pesquisa Datafolha. Essa foi a única variação além da margem de erro (dois pontos para mais ou menos) na avaliação presidencial.
A maioria dos eleitores aponta a administração FHC como regular -40%, oscilação negativa de um ponto percentual-, e 28% o classificam como ruim ou péssimo -outra oscilação negativa de um ponto percentual. A nota média dos entrevistados a FHC está estacionada em 5,3.
As mudanças nas regras dos fundos de investimento -aplicação bancária preferencial das classes média e alta- não afetaram a popularidade do presidente.
Entre os que recebem mais de R$ 2.000, a taxa de ótimo/bom de FHC subiu cinco pontos, e a de ruim/péssimo caiu seis. Entre os eleitores que recebem menos de R$ 1.000, o índice de ótimo/bom também aumentou cinco pontos, e o ruim/péssimo recuou cinco.
O percentual de 31% de ótimo/ bom é o melhor de FHC no segundo mandato, repetindo índice que havia obtido em fevereiro deste ano. Mas, durante o primeiro mandato, em 19 levantamentos do Datafolha, somente em três deles o presidente esteve nesse patamar, o mais baixo daquele período. O recorde do presidente foi a aprovação de 47% dos entrevistados em dezembro de 1996.
O desempenho de FHC é pior avaliado no Sudeste, onde sua taxa de ótimo/bom é cinco pontos menor que a média, e a de ruim/ péssimo, quatro pontos maior. O Nordeste é quem mais bem avalia FHC, com 36% de ótimo/bom e 26% de ruim/péssimo.

FHC e as eleições
A campanha do pré-candidato tucano, José Serra, colocou como uma das suas metas de marketing "colar" sua candidatura à imagem de FHC, na tentativa de aproximar a intenção de votos do senador (21%) do percentual daqueles que avaliam como ótimo/bom (31%) o desempenho do presidente.
Do universo de 40% que afirmam que o governo é regular, 59% dizem que o desempenho do presidente é mais negativo do que positivo, e 34%, mais positivo do que negativo. Assim, pode-se inferir que seis em cada dez desses eleitores tendem a antipatizar com o presidente, o que poderia reduzir o campo de crescimento do seu candidato.
Serra volta a estar na frente entre os eleitores que avaliam como ótima/boa a administração de Fernando Henrique Cardoso, o que não acontecia em maio. Cresceu nove pontos e atingiu 37%. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu seis pontos e está com 27%, seguido de Ciro Gomes (PPS) com 13% e Anthony Garotinho (PSB) com 12%.
Lula consegue 52% dos votos do que acham o governo ruim/péssimo e 41% dos que o avaliam como regular. Serra obtém 10% dos votos dos que avaliam negativamente FHC e 18% dos que o classificam como regular.

Apoio presidencial
Segundo o Datafolha, 50% dos eleitores reconhecem que FHC apóia Serra, e 35% afirmam não saber quem é o candidato do presidente. A maioria dos entrevistados (47%) diz, no entanto, ser indiferente o apoio do presidente em relação a seu voto. Dos ouvidos, 31% dizem que podem não votar em um candidato, caso este seja o escolhido do presidente, e 16% estão dispostos a optar por um nome defendido por FHC.
Na pesquisa da eleição presidencial espontânea, naquela em que não é apresentada lista com os concorrentes, FHC é citado por 1% dos eleitores como o preferido para um terceiro mandato, o que a Constituição não permite.
Questionados sobre qual candidato poderia fazer um governo melhor do que o de FHC, os entrevistados apontam Lula com 45%, Garotinho com 32%, Ciro com 30% e Serra com 28%. Sobre quem poderia fazer um governo pior do que o do presidente, 28% dizem Lula, 24%, Garotinho, 20%, Ciro e 17%, Serra.



Texto Anterior: Para 56%, Brasil pode virar Argentina
Próximo Texto: Livros: O marketing eleitoral ou os expertos e os ingênuos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.