São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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PF reafirma seu papel no combate à corrupção

Carta de policiais afirma independência do órgão

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Policiais federais reunidos em Fortaleza divulgaram carta em que buscam reafirmar a posição da entidade como órgão de Estado, "desvinculado das posições ideológico-partidárias dos governos", e de agente importante no combate à corrupção. A carta foi o resultado final do 12º Conafep (Congresso Nacional dos Policiais Federais), encerrado anteontem na capital cearense.
Criticados pelo vazamento à imprensa de detalhes de investigações -como as da Operação Navalha, em que foram presos políticos e empresários acusados de fraude em licitações e obras públicas-, os policiais federais defenderam, na carta, "a divulgação universalizada das atividades da Polícia Federal junto aos meios de comunicação, sem privilégios a qualquer segmento da mídia".
Ao falar sobre a necessidade de haver atuação desvinculada de posições político-partidárias, o documento dá resposta a outra crítica que a PF tem recebido: de abuso em prisões de políticos e empresários que, na visão de alguns advogados e congressistas, não seriam vitais para as investigações, mas "execração pública".
Na carta, os policias afirmam ser necessária a busca por uma atuação independente e com "tratamento isonômico aos cidadãos, sem qualquer distinção de raça, credo religioso, classe econômica ou posição política, observados os seus direitos e garantias individuais".

Operação Xeque-Mate
O último caso em que uma ação da PF atingiu alguém próximo ao poder público aconteceu nesta semana, com o indiciamento de um irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, na operação Xeque-Mate.
Participaram do congresso, organizado pela Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), cerca de 300 agentes e delegados da Polícia Federal de todo o país.
A corrupção foi tema de um dos painéis do evento, em que os policiais defenderam não só ações isoladas da PF, mas também conjuntas com outros órgãos, como a CGU (Corregedoria Geral da União).


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