DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Restos a pagar" são recursos do Orçamento direcionados a emendas feitas por parlamentares com o aval do governo federal, mas cujo dinheiro só saiu do caixa da União nos anos seguintes.
O levantamento contabilizou o volume de recursos liberados até o dia 29 de junho, referentes aos anos de 2004, 2005 e 2006. Foram filtradas as emendas individuais, ou seja, aquelas onde pode ser identificado com clareza o parlamentar-autor.
Como a legislatura começou em fevereiro, há diversos casos de recursos alocados em emendas de ex-parlamentares.
Numa analogia usada pelos orçamentistas, as emendas individuais são uma espécie de "varejo" do Orçamento. No jargão do Congresso, são conhecidas como "carimbadas". Mas são altamente disputadas porque, como levam o nome do parlamentar, servem de bandeira na hora de conseguir votos.
Nesse caso, o "atacado" são as emendas coletivas, chamadas pelos parlamentares de "rachadinhas". Na prática, vários parlamentares direcionam suas emendas para o mesmo projeto. Há ainda as emendas de autoria das comissões do Congresso.
No ano passado, cada congressista pôde apresentar emendas individuais de até R$ 6 milhões.
A prática de privilegiar aliados também ocorria na gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os principais beneficiados eram congressistas dos partidos de sua base -PSDB, PFL, PMDB, PPB e PTB. (SN E FZ)


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