São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009

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Heráclito anuncia corte de 40% dos gastos

ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou ontem, sem dar prazo, que a Casa irá cortar 40% dos seus gastos e reduzir as diretorias para nove.
O número atual de cargos de direção na Casa ainda é um mistério até mesmo para os senadores. Em março, o Senado disse que eram 181. Agora a informação é de que são 38, mas para a FGV (Fundação Getúlio Vargas) o número correto é 41.
Ninguém na Casa sabe explicar a diferença nos dados. Contratada pelo Senado em março para propor uma reforma administrativa, a FGV apresentará hoje sugestão de corte de 1.050 dos 3.500 funcionários terceirizados e de redução de 40% no orçamento da gráfica. Para este ano, o Senado destinou ao órgão R$ 45 milhões.
A meta da Casa é demitir 2.400 servidores -um corte de 40%. O Senado informou que tem hoje cerca de 9.600 funcionários: 3.500 são terceirizados, 2.800 comissionados (indicações políticas) e 3.300 efetivos (concursados ou efetivados).
Ontem, a FGV recebeu do Senado um consolidado das propostas encaminhadas por servidores e senadores. Nele há a sugestão de corte de gratificação para 159 servidores que exercem função gerencial, o que resultaria em economia mensal de R$ 292 mil. A FGV defende o corte de 190, com redução de R$ 340 mil mensais.
Também foi proposta na consulta a criação de um órgão colegiado formado por servidores e o primeiro-secretário para tomar decisões na Casa e sugerir medidas à Mesa Diretora, formada por senadores. Hoje o poder está concentrado nas mãos do diretor-geral.
Não há prazo para que as medidas propostas sejam implementadas. Somente depois de a FGV apresentar o resultado do estudo é que as propostas serão analisadas pela Mesa Diretora e, depois, votadas em plenário na forma de projeto de resolução. Ontem, a fundação pediu mais 20 dias de prazo.
Como o Senado deve entrar de recesso no dia 18 de julho, qualquer mudança deve ficar para agosto. O início do recesso depende da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias.


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