São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2000


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ELEIÇÕES
Pesquisa Datafolha mostra que 33% dos eleitores de São Paulo se colocam mais à direita no espectro político e 46% declaram preferência por candidatos com orientação também mais à direita; 26% dos entrevistados se declaram mais à esquerda
Paulistano tende para a direita

Matuiti Mayezo/Folha Imagem
Carlos Pacheco, 63, morador da Vila Maria, que se diz direitista; fã e eleitor de Jânio Quadros, afirma que gostaria de votar em Collor, cuja candidatura à Prefeitura de São Paulo corre risco de impugnação


DA REDAÇÃO

Um terço dos paulistanos (33%) se coloca mais à direita quando questionado sobre sua posição política, revela pesquisa Datafolha feita nos dias 11 e 12 de julho. Dos 5.059 entrevistados, 26% se colocam mais à esquerda e 18% definem-se como de centro.
Na hora do voto, porém, quase metade dos paulistanos (46%) prefere um candidato com posição política mais à direita. Outros 28% preferem candidatos com posição política mais à esquerda.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Contraste
Esses resultados contrastam com as pesquisas de intenção de voto feitas pelo Datafolha desde o início do ano, em que Marta Suplicy (PT), candidata de um partido de esquerda, lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo com 33%, segundo o mais recente levantamento, de 26 de julho.
De acordo com o Datafolha, 35% dos que dizem votar em Marta afirmam preferir um candidato mais à direita. No entanto, 44% dos eleitores da petista prefeririam um nome mais à esquerda.
Em relação à ex-prefeita Luiza Erundina (PSB), outra candidata de esquerda, 48% dos seus eleitores dizem preferir um nome mais à direita. Já 27% dos que votariam em Erundina declaram preferir um candidato mais à esquerda.
No caso do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB), candidato de direita mais bem colocado nas intenções de voto -ele está na segunda colocação em empate com Erundina, cada um com 17% das intenções de voto-, as respostas apresentam maior coerência.
De acordo com a pesquisa, 62% dos que dizem votar em Maluf preferem candidatos mais à direita, e apenas 16% declaram preferir um candidato mais à esquerda.
A definição do posicionamento político dos paulistanos foi feita a partir de um cartão com os números de um a sete, sendo que um representaria o máximo à esquerda e sete o máximo à direita. O entrevistado mencionava o número em que se colocava.
Na exposição dos resultados, o Datafolha adotou o seguinte critério: a soma dos entrevistados que responderam um e dois foi chamada de esquerda, e os que responderam três representam a centro-esquerda; os que responderam quatro se colocam em uma posição de centro; os que responderam cinco são de centro-direita, e a soma dos que responderam seis e sete foi chamada de direita.

Mapa
Excluindo as outras respostas e as pessoas que não souberam responder à pergunta, o posicionamento político dos paulistanos de acordo com a região em que vivem está apresentado na tabela e no mapa que estão ao lado.
Levando em conta a margem de erro da pesquisa (de dois pontos percentuais), a conclusão é que quatro regiões de São Paulo se colocam mais à direita do que a média da cidade.
Outras três áreas têm mais pessoas que se colocam em uma posição de centro-direita do que a média dos paulistanos.
São quatro as regiões em que as pessoas se colocam mais à esquerda do que a média da cidade.
Em outras duas áreas, há mais pessoas que se colocam em uma posição de centro-esquerda do que a média.
A maior parte das regiões de São Paulo, porém, apresenta uma posição de centro que supera a média da cidade. Do total de 19 regiões definidas pelo Datafolha, seis estão nessa situação.



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