DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), cobrou ontem, na tribuna, explicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente José Alencar sobre doações de campanha.
Ele ainda exigiu esclarecimentos sobre a forma de pagamento pelo presidente Lula de empréstimo tomado junto ao PT e sobre o aporte de recursos da Telemar em empresa de um de seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva.
"O presidente da República tem que esclarecer porque pediu dinheiro emprestado a seu partido, que não é instituição financeira e, portanto, não pode fazer esse tipo de operação. O PT tem que explicar se esses recursos vieram do fundo partidário. Se a operação é ilegal, é mais ilegal ainda se se tratarem de recursos que vieram do orçamento público [fundo partidário]", disse ele.
A dívida de R$ 29,4 mil do presidente Lula com o PT, de acordo com informações registradas na prestação de contas do partido, foi paga em quatro parcelas, entre 30 de dezembro de 2003 e 29 de março de 2004. Nem o Planalto nem o PT explicam a operação.
"E ainda cabe ao presidente da República explicar de forma clara como pagou os empréstimos que recebeu do PT, uma vez que deve explicação sobre a origem dos recursos que utilizou para a quitação", cobrou Bornhausen.
O presidente do PFL também fez referência, em seu discurso, à declaração do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de que recursos sacados das contas do publicitário Marcos Valério foram utilizados para pagar dívidas de campanha. O vice-presidente é do PL. "A omissão não é possível. Nós do PFL queremos saber qual é a posição do vice-presidente José Alencar", disse o senador. (FK)


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