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Governo contratará motosserrista sem emprego
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal vai contratar carvoeiros e motosserristas
desempregados pela Operação
Arco de Fogo, da Polícia Federal, para ajudar no trabalho de
prevenção e combate a queimadas ilegais na Amazônia.
São mil vagas de "brigadistas" em seis Estados da Amazônia Legal, com direito a contrato temporário de seis meses a
partir de setembro, um salário
mínimo mensal (R$ 415), alimentação e vale transporte.
Para escolher os 32 municípios nos quais haverá processo
de seleção, o governo usou critérios como o orçamento disponível, o volume de desmatamento e de queimadas ilegais e
a situação de desemprego.
"O objetivo não é apenas o de
prevenir [incêndios ilegais],
mas também o de fazer um trabalho social. A prioridade é que
as pessoas estejam inseridas na
região", afirma Elmo Monteiro,
coordenador nacional do Prevfogo (Centro Especializado em
Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), vinculado
ao Ibama.
Um dos critérios de seleção é
a aprovação no teste físico. Pessoas com problemas cardíacos,
por exemplo, não podem atuar
no combate a incêndios.
"É óbvio que essas pessoas
[desempregadas] terão prioridade. A idéia é ampliá-la no ano
que vem", completa Monteiro.
No início deste ano, a Polícia
Federal desencadeou na região
amazônica a Operação Arco de
Fogo, com a aplicação de multas, fechamento de madeireiras
e destruição de fornos de carvão. Em Tailândia (PA), por
exemplo, houve levante por
conta da operação. Tailândia é
uma das 32 cidades escolhidas
pelo governo federal para a
contratação de brigadistas.
Em cada cidade será criada
uma brigada temporária, com
um gerente, seis brigadistas-chefes e 24 brigadistas para
prevenção e combate a incêndios. Há R$ 13 milhões disponíveis para o novo programa.
Carvoeiros, motosserristas e
demais selecionados irão passar por um período de treinamento antes de iniciar o trabalho. Como brigadista, eles terão
de visitar propriedades rurais
do município e orientar fazendeiros e funcionários sobre os
riscos ambientais e de multas
para esse tipo de queimada.
A partir deste mês, a preocupação do governo com os incêndios ilegais está em três Estados (Pará, Mato Grosso e
Rondônia). As queimadas são
permitidas, desde que ocorram
de forma controlada e com autorização de órgãos ambientais.
Dos municípios selecionados,
dez estão em Mato Grosso e nove, no Estado do Pará.
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