São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009

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Variação do real permitiu compensação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As compensações de impostos feitas pela Petrobras têm origem na variação do real frente ao dólar.
No ano passado, com a valorização da moeda brasileira, a Petrobras teve um ganho contábil de R$ 7 bilhões nos dois últimos trimestres por causa do aumento no valor de seus ativos depois de feita a conversão por meio de um real mais forte.
Mas esse resultado positivo não entra no caixa da empresa. É como se fosse um lucro apenas para ser registrado na contabilidade. O problema é que sobre esse valor incidem impostos.
O que aconteceu é que a Petrobras, no meio do ano, decidiu mudar a forma como calcula o imposto devido sobre a variação cambial. Até então, optava por um regime chamado de competência, que implicava recolher tributos sobre o ganho com a variação cambial no mesmo trimestre em que ele tinha sido auferido.
Com o regime de caixa, a estatal passou a pagar os tributos só quando os lucros da variação cambial entram, de fato, no caixa. Isso quer dizer que o pagamento não é feito necessariamente no trimestre em que houve a variação e nem sempre resulta em ganho elevado, uma vez que a moeda pode ter flutuado.
Com a mudança no regime, a Petrobras recalculou os tributos devidos desde o início do ano e concluiu que tinha pago R$ 2,14 bilhões a mais. O crédito foi usado para abater parte do que deveria ser recolhido no primeiro trimestre deste ano.


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