|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Variação do real permitiu compensação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As compensações de impostos feitas pela Petrobras
têm origem na variação do
real frente ao dólar.
No ano passado, com a valorização da moeda brasileira, a Petrobras teve um ganho contábil de R$ 7 bilhões
nos dois últimos trimestres
por causa do aumento no valor de seus ativos depois de
feita a conversão por meio de
um real mais forte.
Mas esse resultado positivo não entra no caixa da empresa. É como se fosse um lucro apenas para ser registrado na contabilidade. O problema é que sobre esse valor
incidem impostos.
O que aconteceu é que a
Petrobras, no meio do ano,
decidiu mudar a forma como
calcula o imposto devido sobre a variação cambial. Até
então, optava por um regime
chamado de competência,
que implicava recolher tributos sobre o ganho com a
variação cambial no mesmo
trimestre em que ele tinha
sido auferido.
Com o regime de caixa, a
estatal passou a pagar os tributos só quando os lucros da
variação cambial entram, de
fato, no caixa. Isso quer dizer
que o pagamento não é feito
necessariamente no trimestre em que houve a variação e
nem sempre resulta em ganho elevado, uma vez que a
moeda pode ter flutuado.
Com a mudança no regime, a Petrobras recalculou
os tributos devidos desde o
início do ano e concluiu que
tinha pago R$ 2,14 bilhões a
mais. O crédito foi usado para abater parte do que deveria ser recolhido no primeiro
trimestre deste ano.
Texto Anterior: Entrevista: Caso pesou na exoneração, diz ministro Próximo Texto: Janio de Freitas: Os indecorosos Índice
|