São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2004

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JUSTIÇA

Em assembléia ontem, funcionários decidem continuar por tempo indeterminado a paralisação, que já dura 73 dias

Servidores do Judiciário mantêm greve em SP

UIRÁ MACHADO
DA REDAÇÃO

Em assembléia realizada ontem, às 14h, na praça João Mendes, os servidores do Judiciário paulista decidiram continuar a greve que já dura 73 dias, mas mudaram o tom dos protestos. Ao final da manifestação, a palavra de ordem era pela negociação.
Parados desde o dia 29 de junho, os servidores exigiam, a princípio, reposição salarial de 39,19% (segundo o IGP-M) retroativa a março deste ano. Agora, os grevistas admitem aceitar um reajuste de 26,39% (INPC).
Os servidores marcaram assembléias regionais para o dia 15 deste mês e uma nova assembléia estadual para o dia 22. Se perdurar até lá, a greve terá ultrapassado a duração da última grande paralisação, ocorrida no segundo semestre de 2001 e que durou 81 dias.
Apesar da nova postura dos servidores, ainda não há data marcada para uma nova reunião com o presidente do TJ (Tribunal de Justiça), Luiz Elias Tâmbara. Por enquanto, sua proposta permitiria um aumento salarial médio de 10% para os servidores.
Tâmbara afirma não ter verba suficiente para dar o reajuste pleiteado pelos grevistas. Ele já enviou um projeto de lei à Assembléia Legislativa de São Paulo para tentar obter uma verba suplementar ao Judiciário.
A Assembléia, no entanto, pediu que Tâmbara indicasse a origem dos recursos -R$ 497,8 milhões. O governo do Estado afirma não ter como fazer esse repasse ao Judiciário.
A OAB aguarda o julgamento de recurso contra decisão que cassou a medida liminar proferida pela Justiça Federal, que determinava a cobrança de multa diária de R$ 50 mil das entidades líderes da greve.


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