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JUSTIÇA
Em assembléia ontem, funcionários decidem continuar por tempo indeterminado a paralisação, que já dura 73 dias
Servidores do Judiciário mantêm greve em SP
UIRÁ MACHADO
DA REDAÇÃO
Em assembléia realizada ontem,
às 14h, na praça João Mendes, os
servidores do Judiciário paulista
decidiram continuar a greve que
já dura 73 dias, mas mudaram o
tom dos protestos. Ao final da
manifestação, a palavra de ordem
era pela negociação.
Parados desde o dia 29 de junho, os servidores exigiam, a
princípio, reposição salarial de
39,19% (segundo o IGP-M) retroativa a março deste ano. Agora,
os grevistas admitem aceitar um
reajuste de 26,39% (INPC).
Os servidores marcaram assembléias regionais para o dia 15 deste
mês e uma nova assembléia estadual para o dia 22. Se perdurar até
lá, a greve terá ultrapassado a duração da última grande paralisação, ocorrida no segundo semestre de 2001 e que durou 81 dias.
Apesar da nova postura dos servidores, ainda não há data marcada para uma nova reunião com o
presidente do TJ (Tribunal de Justiça), Luiz Elias Tâmbara. Por enquanto, sua proposta permitiria
um aumento salarial médio de
10% para os servidores.
Tâmbara afirma não ter verba
suficiente para dar o reajuste pleiteado pelos grevistas. Ele já enviou um projeto de lei à Assembléia Legislativa de São Paulo para
tentar obter uma verba suplementar ao Judiciário.
A Assembléia, no entanto, pediu que Tâmbara indicasse a origem dos recursos -R$ 497,8 milhões. O governo do Estado afirma não ter como fazer esse repasse ao Judiciário.
A OAB aguarda o julgamento
de recurso contra decisão que cassou a medida liminar proferida
pela Justiça Federal, que determinava a cobrança de multa diária
de R$ 50 mil das entidades líderes
da greve.
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