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PT é acusado de usar área do Exército
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A coligação Viva Osasco (PSDB,
PFL, PSB, PDT, PRTB, PT DO B,
PTC, PSL, PRP), que apóia a candidatura do prefeito Celso Giglio à
reeleição, protocolou ontem na
Justiça Eleitoral do município um
pedido de cassação do registro do
candidato do PT à prefeitura,
Emidio Pereira de Souza, por utilizar uma área do Exército para fazer comício.
Segundo a ação, o candidato do
PT, que tem o apoio do presidente
da Câmara, João Paulo Cunha
(PT-SP), realizou um showmício,
no último domingo, em um terreno de propriedade do Exército, o
que, para a coligação, contraria o
artigo 73 da Lei 9.504/ 97, que
proíbe aos agentes públicos "ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis e imóveis pertencentes à administração direta
ou indireta da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios".
O evento aconteceu no mesmo
local onde em abril ocorrera um
rodeio. O showmício teve apresentação da dupla sertaneja Zezé
Di Camargo e Luciano e, além do
presidente da Câmara, estavam
presentes o presidente nacional
do PT, José Genoino, o tesoureiro
Delúbio Soares.
Como prova de que o terreno
utilizado pertence ao Exército, a
coligação do PSDB juntou uma
declaração do tenente-coronel
Edivaldo Barbosa Rodrigues de
Souza, comandante do 4º Batalhão de Infantaria Blindado, na
qual o militar autoriza a utilização
da área de 10 mil metros quadrados para a realização da 9ª Festa
do Peão Boiadeiro de Osasco,
ocorrida em abril deste ano.
A coligação Frente Osasco Nova
Vida (PT/PCB) divulgou uma nota ontem à noite na qual atribui a
ação a "uma tentativa desesperada de quem está se sentindo
ameaçado".
De acordo com a nota, "juridicamente, o pedido não se justifica,
até porque praticamente todos os
atos e comícios de uma campanha são realizados em locais públicos, inclusive os do candidato
que agora apela à cassação". Ainda segundo a nota, o Exército autorizou a utilização do espaço.
Em uma semana, é a segunda
vez que candidatos petistas a prefeituras da Grande São Paulo são
alvo de ações dos adversários. Na
semana passada, Márcio Chaves
Pires, candidato em Mauá, teve
seu registro cassado pela Justiça
Eleitoral. Ele recorreu ao Tribunal
Regional Eleitoral, que ainda não
se pronunciou.
A representação contra a candidatura de Pires partiu do vereador
Manoel Lopes (PFL), que argumentou que uma feira montada
pela prefeitura, administrada pelo
PT desde 1997, estaria fazendo
campanha disfarçada para seu
candidato.
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