DA REPORTAGEM LOCAL

A partir deste final de semana, Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) vão aumentar o número de militantes e cabos eleitorais a serviço das campanhas para tentar garantir o segundo turno contra José Serra (PSDB) na disputa pelo Estado de São Paulo.
O tucano deve fazer o mesmo. Mas, no caso dele, é para empurrar Geraldo Alckmin ao segundo turno das eleições presidenciais contra Luiz Inácio Lula da Silva. Favorito na disputa estadual, Serra só está menos a frente de Mercadante na Grande São Paulo, na região de Campinas e na Baixada Santista. No mais recente Datafolha, o tucano tem 49% das intenções de voto e venceria no primeiro turno. Mercadante aparece com 18%, e Quércia, 11%.
Na próxima segunda-feira, o PT fará uma reunião com os candidatos a deputado. A intenção é fazer um "arrastão" na periferia da capital, onde o partido é mais forte.
Além dos deputados, a ex-prefeita paulistana Marta Suplicy e o senador Eduardo Suplicy também serão escalados para participar das atividades de rua para o senador. Marta também aparecerá no horário eleitoral. Ela vai surgir no vídeo pedindo votos a Mercadante, como Lula vem fazendo.
Petistas ouvidos pela Folha disseram que esse esforço deve durar até o dia 15, ou cerca de uma semana. Se até essa data o petista não crescer nas pesquisas de intenção de voto, a expectativa é que apoiadores suspendam gastos desnecessários.
No PMDB de Quércia, o chamado "esforço de guerra" começa já neste final de semana. Membros da campanha afirmaram à Folha que o partido vai fazer "tudo o que pode e o que não pode" para forçar um segundo turno. Entre as medidas, aumento de muros pintados e de militantes nas ruas.
No PSDB, o esforço para que Serra vença com folga a disputa estadual e para que Alckmin vá ao segundo turno começou no Sete de Setembro.
Segundo o vereador Gilberto Natalini, coordenador da campanha unificada dos tucanos na região metropolitana, a carreata de anteontem do partido reuniu 1500 carros, "um marco na história do partido e da campanha". Além disso, o vereador diz contar com um aumento da militância.
"Nos últimos 60 dias, fiz mais de 600 reuniões, que tinham um público de militantes e apoiadores que variava entre 50 e 1.000 pessoas", afirma.
(LEANDRO BEGUOCI e ROGÉRIO PAGNAN)


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