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Assunto antes do debate, Garotinho é esquecido na TV
EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os polêmicos apoios recebidos por Luiz Inácio Lula da
Silva e Geraldo Alckmin
-especialmente o dado pelo
ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) ao tucano-
dominaram as conversas antes do debate de ontem. Na
hora do confronto, no entanto, o assunto não foi mencionado pelos candidatos.
Preocupado com a repercussão negativa, o comando
da candidatura de Alckmin
procurou minimizar a declaração de voto de Garotinho.
"Ele [Garotinho] nunca foi
do nosso grupo, nunca foi
nosso aliado, pertence a um
partido que nem sei qual é",
disse o senador Sergio Guerra (PSDB-PE), coordenador
da campanha tucana. "Garotinho não tem nada a ver conosco. Diferente dos apoiadores do Lula como [o ex-governador] Newton Cardoso e
[o deputado] Jader Barbalho, que sempre fizeram parte do grupo do presidente."
O petista, em reuniões ontem à tarde com seu marqueteiro, João Santana, foi
orientado a bater duro na tecla da ética, mencionando
com destaque o apoio dado
por Garotinho a seu adversário. Antes de iniciado o debate, o governador eleito da Bahia, Jacques Wagner, disse
que a expectativa da campanha é crescer no Rio em razão do "efeito Garotinho".
"É preciso medir direito as
conseqüências das alianças.
O movimento do candidato
Alckmin no Rio não foi nada
positiva para ele", disse Wagner, estrela da eleição após
conseguir uma vitória surpreendente sobre o governador Paulo Souto (PFL).
A campanha petista calcula que, além do Rio, ainda poderá crescer na região Nordeste para compensar o crescimento de Alckmin no Sul e
no Sudeste. "No meu Estado,
partidos como PP e PL, que
estavam no palanque do meu
adversário no primeiro turno, tinham um constrangimento para apoiar Lula. Isso
agora acabou", declarou
Wagner. A meta é elevar o
percentual de votos obtido
por Lula dos 67% obtidos no
primeiro turno para algo
próximo de 80%.
(FÁBIO ZANINI, MALU DELGADO, CATIA SEABRA, FABIANE LEITE)
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