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Clodovil diz que pode votar pró-governo por dinheiro
DE BUENOS AIRES
Terceiro deputado federal
mais votado em São Paulo, com
quase meio milhão de votos,
Clodovil Hernandes, 70, do
PTC (Partido Trabalhista Cristão), admitiu em reportagem
publicada pelo jornal argentino
"Perfil", que pode aceitar dinheiro para votar a favor do governo quando estiver no Congresso. Ele já havia dito que não
tinha nenhum programa político para o seu mandato.
"Vou aprender com os políticos com experiência, mas não
me ensinarão a roubar porque
eu, por pouco, não vou me sujar. Tudo dependerá de quanto
me ofereçam para votar os projetos do governo", afirmou.
Questionado sobre qual seria
o valor em dinheiro necessário
para isso, respondeu: "Cada um
pesa o dinheiro em sua própria
balança. Eu não resolverei os
problemas de ninguém. Aqueles que votaram em mim acreditando que eu iria solucionar
os seus problemas se enganaram, isso é uma bobagem digna
de quem foi mal colonizado".
Disse ainda não vai massacrar o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) "porque ele é
um anormal que não raciocina
bem, que se compara a Jesus" e
que não pretende ser "o herói
dos pobres". "Não me interessa
ser aplaudido por um mendigo
que nada entende porque não
tem o que comer, quero que me
aplaudam os que têm os neurônios bem alimentados."
Clodovil também comentou
sobre seu possível reencontro
em Brasília com a ex-prefeita
Marta Suplicy (PT), um de seus
desafetos. "O que Marta Suplicy vai fazer em Brasília? Por
acaso vai passar nossa roupa?
De qualquer maneira, Lula não
será reeleito nem por decreto."
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