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Alckmin afirma que "não há irregularidade"
DA REPORTAGEM LOCAL
Marcos Renato Böttcher, chefe-de-gabinete de
Eduardo Bittencourt, conselheiro do TCE e relator,
afirma que, à época dos fatos, o conselheiro se convenceu da regularidade da
dispensa de licitação.
Böttcher diz que Bittencourt não sabia, por exemplo, que a Asbace não executa os serviços, mas subcontrata a ATP, que pertence à própria associação
e tem fins lucrativos.
"Talvez a dispensa de licitação tenha sido legal, e a
execução dos serviços, irregular", afirma.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que "não há nenhuma irregularidade" nos
contratos da Nossa Caixa.
"Converse com Eduardo
Guardia [ex-secretário da
Fazenda]. Ele me disse
que o caso de Brasília
[Operação Aquarela] não
tem nada a ver com São
Paulo", disse.
Guardia, que presidiu o
conselho da Nossa Caixa,
diz que o investimento na
rede de auto-atendimento, apesar do valor alto, foi
fundamental. "Tudo foi
feito pelo interesse do
banco. Não dá para misturar uma decisão operacional da Nossa Caixa com o
que ocorreu em Brasília."
O ex-secretário afirma
que desconhecia os depoimentos de funcionários da
ONG Caminhar, que dizem terem prestado serviços fictícios para a Nossa
Caixa. "Não sou advogado,
sou economista. O acordo
foi aprovado pelo TCE. Se
alguns técnicos disseram
que era irregular, não sei."
O presidente da Nossa
Caixa, Milton Luiz Melo
dos Santos, concorda. "O
plenário do tribunal de
contas aprovou."
Ele diz que duas auditoria, uma interna e outra
externa, foram abertas para examinar os contratos.
"Nenhum problema foi
encontrado. A KPMG, que
é uma das maiores empresas de auditoria do mundo,
examinou todo o fluxo de
pagamentos." Meia hora
depois, Santos diz que se
confundiu. "Ainda não há
um relatório da KPMG."
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