São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

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Alckmin afirma que "não há irregularidade"

DA REPORTAGEM LOCAL

Marcos Renato Böttcher, chefe-de-gabinete de Eduardo Bittencourt, conselheiro do TCE e relator, afirma que, à época dos fatos, o conselheiro se convenceu da regularidade da dispensa de licitação.
Böttcher diz que Bittencourt não sabia, por exemplo, que a Asbace não executa os serviços, mas subcontrata a ATP, que pertence à própria associação e tem fins lucrativos.
"Talvez a dispensa de licitação tenha sido legal, e a execução dos serviços, irregular", afirma.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que "não há nenhuma irregularidade" nos contratos da Nossa Caixa. "Converse com Eduardo Guardia [ex-secretário da Fazenda]. Ele me disse que o caso de Brasília [Operação Aquarela] não tem nada a ver com São Paulo", disse.
Guardia, que presidiu o conselho da Nossa Caixa, diz que o investimento na rede de auto-atendimento, apesar do valor alto, foi fundamental. "Tudo foi feito pelo interesse do banco. Não dá para misturar uma decisão operacional da Nossa Caixa com o que ocorreu em Brasília."
O ex-secretário afirma que desconhecia os depoimentos de funcionários da ONG Caminhar, que dizem terem prestado serviços fictícios para a Nossa Caixa. "Não sou advogado, sou economista. O acordo foi aprovado pelo TCE. Se alguns técnicos disseram que era irregular, não sei."
O presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz Melo dos Santos, concorda. "O plenário do tribunal de contas aprovou."
Ele diz que duas auditoria, uma interna e outra externa, foram abertas para examinar os contratos.
"Nenhum problema foi encontrado. A KPMG, que é uma das maiores empresas de auditoria do mundo, examinou todo o fluxo de pagamentos." Meia hora depois, Santos diz que se confundiu. "Ainda não há um relatório da KPMG."


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