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ELEIÇÕES 2008 / RIO DE JANEIRO
PT declara apoio a Paes para "combater oposição a Lula"
Candidato petista não esteve em anúncio; participação de Lula na campanha é incerta
Durante a CPI dos Correios, candidato do PMDB chamou presidente de "chefe da quadrilha'; Paes disse que ninguém constrangerá Lula
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-tucano Eduardo Paes
(PMDB) recebeu ontem apoio
oficial do PT, mas sem a presença do candidato do partido
no primeiro turno, Alessandro
Molon, que alegou ter outros
compromissos. O peemedebista posou para fotos com os líderes regionais Benedita da Silva
e Vladimir Palmeira.
Segundo a direção regional
do PT, a aliança é uma forma de
combater a oposição ao presidente Lula no cenário nacional,
representada pela candidatura
de Gabeira, coligado ao PSDB,
ao PPS e que, no segundo turno,
tem apoio do DEM do prefeito
do Rio, Cesar Maia.
"Há dois blocos políticos em
disputa: o de Lula e o demotucanato [referência ao DEM e ao
PSDB]. Ao vir para o PMDB,
Eduardo Paes veio para nosso
campo, contra o tucano verde
[Fernando Gabeira]", afirmou
o presidente regional do PT, Alberto Cantalice.
A participação de Lula, porém, ainda é incerta. Durante a
CPI dos Correios, Paes chamou
o presidente Lula de "chefe da
quadrilha" e foi um entusiasta
das investigações sobre o contrato da Telemar com a Gamecorp, empresa do filho do presidente, Fábio Luís Lula da Silva,
o Lulinha.
"O presidente Lula disse que
apoiaria o candidato da base
aliada. Agora, ninguém aqui vai
constranger o presidente da
República. Ele tem um candidato aqui da sua base, portanto
vamos tratar de discutir os problemas da cidade", disse Paes.
Anteontem, após esperar
três horas, ele conseguiu se encontrar com Lula, que atendeu
a um pedido do governador
Sérgio Cabral. Saiu de lá confiante, mas sem fotos com o
presidente nem um apoio explícito dele.
Alianças institucionais
O peemedebista novato, que
deixou o PSDB na data-limite
para ser um postulante à prefeitura, procura se apresentar
como o candidato que faz as
alianças institucionais, em
oposição ao rival, Fernando
Gabeira, que tem buscado lideranças em vez de partidos.
"Tenho orgulho de receber
apoio de partidos e de personalidades, porque é dessa maneira que trabalhamos, institucionalmente", disse Paes.
Ele tem dito que encarna a
solução para o fim do isolamento político do Rio, porque teria
bom relacionamento tanto
com o governo do Estado como
to com o governo federal.
"A marca da candidatura é a
aliança. O Rio passou um período muito grande de isolamento
político e precisa voltar a dialogar. É o fim da era das picuinhas, das brigas e o respeito à
política", afirmou o candidato.
À noite, o PSC anunciou seu
apoio. O PMDB também conversa com o PC do B, de Jandira
Feghali, e tenta aliança com
Marcelo Crivella (PRB) e a
Igreja Universal do Reino de
Deus. Crivella foi o terceiro colocado no primeiro turno e
Jandira, a quarta.
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