São Paulo, sexta, 9 de outubro de 1998 |
Próximo Texto | Índice PAINEL Verbo e verba 1 Faz parte da aproximação Maluf-Rossi uma promessa do malufismo de trabalhar para que empresas simpáticas ao PPB ajudem o PDT a sair de dificuldades criadas por falta de recurso na reta final do 1º turno paulista. Verbo e verba 2 O apoio de Rossi é vital na estratégia do PPB para tentar desmontar a tese de frente anti-Maluf. O malufismo poderia inverter o discurso, dizendo que o PT ficou neutro e que a única frente que existe é a anti-Covas. Isca malufista Maluf insiste em trazer a discussão sobre o apoio de FHC para a eleição paulista a fim de criar atritos entre Covas e o eleitorado de Marta. O pepebista sabe que os eleitores petistas tendem a rejeitá-lo, mas crê que ganhará se uma fatia anular o voto. Prevenção tucana O comitê de Covas tem interesse no apoio de FHC, mas não quer fazer disso uma linha mestra da campanha. Motivo: sacou a manobra malufista e não quer afugentar eleitores do PT. Cacique sem índio As bancadas federal e estadual do PMDB decidiram apoiar Covas. Quércia, mais próximo de Maluf, não foi nem ouvido. Guerra de números A Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo contesta os números do vereador petista Carlos Néder sobre merenda escolar. Diz que cada criança consume cerca de 100 ovos, 2 kg de feijão, 5 kg de arroz e 30 bifes em média por ano. Articulação em curso José Aníbal (PSDB-SP) conversou ontem com Genoino (PT-SP). O tucano deverá procurar Lula na busca de manifestações, mesmo que isoladas, de apoio de petistas a Covas. Sem constrangimento Os petistas que trabalham por Covas querem adiar uma definição do partido sobre a eleição paulista. Para dar tempo de personalidades da legenda manifestarem apoio por meio da mídia. Sem cerimônia Já há deputados federais eleitos de outros partidos conversando com a direção do PSDB. Espera-se que mudem de legenda no começo da próxima legislatura. O PFL e o PMDB também já se preparam para correr atrás de novos parlamentares. Está doendo Caciques como Bornhausen e ACM ficaram surpresos com o desempenho tucano na eleição à Câmara. Com PFL e PSDB com tamanhos parecidos, o pefelismo perde o discurso de a maior força de FHC no Congresso. Vingança é um prato frio "O PFL da dona Ruth acabou", comemorou um cacique pefelista, referindo-se ao fato de a primeira-dama ter dito que o partido não tinha só ACM, mas também Krause e Stephanes. Krause (Meio Ambiente) não se candidatou. E as urnas barraram Stephanes (ex-Previdência). Efeito publicitário O fato de FHC recuperar projeto de sua autoria quando senador taxando grandes fortunas foi lido como sinal de que virão medidas duríssimas. Ele próprio abortou tentativa anterior de votar o tema, alegando que a arrecadação não seria significativa. Agora, isso ajudaria a mostrar que os ricos serão atingidos. Na linha da cintura O governador Eduardo Azeredo (PSDB) se prepara para pegar pesado com Itamar Franco (PMDB) em um debate de TV no 2º turno mineiro. Baterá na tecla das relações do ex-presidente com Collor, de quem foi vice. Tema impopular Brincadeira que corria ontem na Câmara sobre Fábio Feldmann não ter conseguido a reeleição: "Ele entrou no rodízio". Tomando corpo Além do BNDES, o novo Ministério da Produção terá dois bancos regionais: Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Visita à Folha O diretor-presidente da Linear Investimentos e ex-presidente do Banco Central, Ibrahim Eris, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. TIROTEIO De José Aníbal (PSDB), sobre Maluf insinuar que FHC, apesar de declarar voto em Covas, teria na verdade votado nele, que seria o melhor para São Paulo: - Ao usar esse tipo de argumento absurdo, Maluf está chamando o presidente de mentiroso. É o enganador de sempre. CONTRAPONTO Matraca a contragosto No último comício de campanha, FHC enfrentou alguns imprevistos. O ato deveria ser realizado na Boca Maldita, tradicional ponto de encontro de Curitiba (PR). Mas devido à chuva foi transferido para um local fechado. A chuva também atrapalhou a chegada ao local da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, que ficou retida no trânsito, engarrafado. O show da dupla estava previsto para começar logo após o discurso do presidente, o último da noite. O vice Marco Maciel, penúltimo orador, já estava falando e nada de a dupla chegar. Resultado: José Expedito Prata, encarregado da agenda de FHC no comitê, pediu para ele ir esticando o discurso. Como Chitãozinho e Xororó demoraram, Maciel, que costuma ser breve, falou por intermináveis 15 minutos. Ao final, FHC não se conteve: Ä Ô Marco, eu nunca vi você falando tanto! Próximo Texto | Índice |
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