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Procuradoria investiga 12 por compra de voto no Amapá
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Passada a eleição, o Ministério
Público Federal no Amapá investiga denúncias de compra de votos de pelo menos 12 políticos do
Estado. Além da governadora
derrotada no segundo turno, Dalva Figueiredo (PT), e dos deputados federais eleitos do partido Hélio Esteves e José Nogueira, os
processo recaem também sobre
políticos do PSB e PMDB.
O senador eleito João Capiberibe, sua mulher Janete Capiberibe,
deputada federal eleita, e o candidato derrotado ao governo Cláudio Pinho, todos do PSB, são acusados de comprar votos ainda no
primeiro turno das eleições, por
meio de denúncias do PMDB.
A deputada estadual eleita Francisca Favacho (PMDB), é acusada
de compra de votos pelo desempregado Arilson Lobato. Em depoimento, ele disse que ela prometeu R$ 500 para 15 famílias e
não pagou.
Em denúncia, o procurador
Manoel Pastana acusa José Nogueira (PT) de doar 3.000 carteiras de motorista para moradores
do município de Santana. Ele foi
eleito com 12.299 votos. "Muitos
dos que receberam carteiras são
analfabetos, é crime", disse Pastana, autor também da ação de inelegibilidade da governadora.
Ela é acusada de uso da máquina ao remanejar de forma supostamente irregular R$ 61,5 milhões
nos três meses anteriores à eleição
-o que é proibido. Parte da movimentação teria fins eleitorais,
suspeitam os procuradores.
Segundo Pastana, no processo
que tramita no TRE de abuso de
poder econômico e político contra Dalva já foram anexadas 352
provas de compra de votos. Há remédios, cestas básicas, transformadores de energia e dinheiro,
inclusive os R$ 750 apreendidos
com o irmão dela, Elielder Barros
no dia do segundo turno.
No final do primeiro turno, a
Polícia Federal apreendeu R$
2.800 com coordenadores de
campanha do deputado federal
eleito Hélio Esteves (PT). Pastana
disse que deu prazo até a próxima
segunda-feira para Esteves assinar a notificação.
"Caso contrário, vou pedir a
prisão preventiva dele", disse.
Já na véspera também do primeiro turno os agentes federais
apreenderam R$ 15 mil e material
de campanha do PSB.
Tudo estava na casa de uma militante do partido. Pastana, que
participou da operação, disse que
na hora da blitz havia um tipo de
"culto religioso" na casa. Ele esperou o final do "culto", suspeitando que os participantes estavam
na verdade queimando provas.
"Tinha muita fumaça, e as velas
não eram suficientes para fazer
tanta fumaça", disse.
Outros cinco nomes investigados não foram divulgados porque
o processo ainda corre sob sigilo.
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