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Partidos querem julgamento rápido de cláusula de barreira
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sob pressão dos pequenos
partidos, que serão atingidos a
partir de 2007 pela cláusula de
barreira, o STF (Supremo Tribunal Federal) deverá decidir
ainda neste ano se é constitucional ou não a norma que exige votação mínima e distribuída no país para que a sigla mantenha o direito ao funcionamento parlamentar.
Dirigentes e integrantes de
quatro partidos -PSOL, PC do
B, PV e PRB- pediram ontem
ao presidente do TSE, Marco
Aurélio de Mello, que leve logo
a julgamento duas ações diretas de inconstitucionalidade
contra a cláusula de barreira.
Marco Aurélio disse que irá
preparar o seu voto o mais rapidamente possível para submetê-lo ao plenário. Ele quer que o
STF julgue a causa antes de o
TSE deliberar sobre a distribuição dos recursos do Fundo Partidário do ano que vem.
O presidente do PC do B, Renato Rabelo, afirmou que a
cláusula de barreira viola o direito das minorias políticas, reconhecido pela Constituição.
"O PC do B não vai se fundir
[para escapar da norma], porque é uma legenda histórica."
Já o deputado Chico Alencar
(PSOL-RJ) disse que "a sociedade brasileira não estará representada por sete partidos".
A principal restrição aos pequenos partidos será a não-participação no rateio de 99% dos
recursos desse fundo, que deve
distribuir R$ 118 milhões neste
ano. A cláusula de barreira, que
entrará em vigor na próxima legislatura, exige que a sigla tenha pelo menos 5% dos votos
válidos da eleição para deputado federal, distribuídos em no
mínimo nove Estados em que
tenha recebido ao menos 2% do
total em cada um.
(SILVANA DE FREITAS)
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