DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-secretário de Governo Raufi Marques afirmou ontem à Folha que também é petista e fez campanha para Delcídio Amaral (PT-MS), candidato derrotado a governador em 2006, e, por essas razões, bastaria o senador ligar para ele e pedir informação sobre o livro do suposto caixa dois.
"Primeiro, eles [Delcídio e Biffi] tinham que procurar quem tornou público [o livro] sem saber o que é na verdade", afirmou Raufi referindo-se ao Ministério Público Estadual.
"Segunda coisa, o senador não precisa me interpelar [na Justiça]. Eu pedi voto, fiz campanha para ele. É só ligar para mim que eu falo com ele e com o Biffi", afirmou ainda o ex-secretário.
Raufi disse, no entanto, que não falará à imprensa sobre a que se referem as anotações do livro-caixa. "Vou falar à Justiça".
"O ex-governador não tem nada a ver com isso [o pedido de explicação de Delcídio]. Resta ao Raufi responder, se quiser", disse Newley Amarilla, advogado de Zeca do PT.
Conforme Amarilla, Zeca do PT apresentará sua defesa à Justiça e não à imprensa. Segundo o advogado, o ex-governador nem ao menos foi chamado pelo Ministério Público para falar sobre o livro-caixa. "Como, então, vai falar disso com a imprensa?", questionou.
Para o advogado, o Ministério Público divulgou o livro-caixa para fazer "uma cortina de fumaça" e ocultar decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que mandou suspender uma das duas ações criminais, movidas contra Zeca do PT, do suposto caixa dois.


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