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Convidado para pasta foi investigado por CPI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Convidado para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia, o
líder do PSB na Câmara, deputado Eduardo Campos (PE), 38, não
tem experiência na área, mas sua
capacidade de articulação política
é apontada por aliados e integrantes do governo como sua principal credencial para o cargo. No
entanto, setores da comunidade
científica já fazem pressão contra
a sua nomeação.
Campos ingressou no meio político pelas mãos do avô, o presidente nacional do partido e três
vezes governador de Pernambuco, Miguel Arraes.
Em 1988, aos 23 anos de idade,
Campos, que é formado em economia pela UFPE (Universidade
Federal de Pernambuco), casado
e tem três filhos, foi nomeado chefe de gabinete de Arraes em seu
segundo governo. Em 1990, foi
eleito deputado estadual. Quatro
anos depois, foi eleito para a Câmara com 133 mil votos.
Em 1996, com a volta do avô ao
governo, atuou como secretário
de Governo, entre janeiro de 1995
e fevereiro de 1996, e como secretário da Fazenda, até abril de 1998.
Nesse período, em 1997, foi acusado de envolvimento no chamado "escândalo dos precatórios".
O caso virou alvo de uma CPI
no Congresso. Ele foi acusado de
falsidade ideológica e crime contra o sistema financeiro nacional
pela suposta emissão fraudulenta
de títulos públicos do Estado de
Pernambuco para pagamento de
precatórios (dívidas decorrentes
de sentenças judiciais) pendentes.
No dia 12 de novembro de 2003,
o STF (Supremo Tribunal Federal) excluiu o deputado das acusações. Na sentença sobre o caso, o
ministro Carlos Velloso, relator
da denúncia, avalia que "os precatórios pendentes de pagamento
não foram levantados pelo secretário de Estado, mas por equipes
de diversos órgãos, que teriam cometido as erronias e equívocos".
A decisão coincidiu com os primeiros rumores de que o parlamentar poderia assumir um ministério no governo Lula.
Em seu terceiro mandato como
deputado federal, Campos atua
pela segunda vez como líder da
bancada do PSB na Casa.
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