São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2004

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Índios afirmam que não deixam fazendas em MS

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JAPORÃ (MS)

Líderes dos cerca de 3.000 índios das etnias guarani e caiuá, que desde o dia 20 invadiram pelo menos sete fazendas em Japorã (MS), disseram ontem ao juiz federal Odilon de Oliveira que não vão desocupar as propriedades.
Os líderes deram ao pecuarista Pedro Fernandes Neto prazo de dez dias para retirar 2.600 cabeças de gado da fazenda São Jorge.
Para deixar agricultores cuidarem da soja plantada na fazenda Paloma, também invadida, pediram 15% da produção. Oliveira fez a "audiência de tentativa de conciliação" na fazenda São Jorge, invadida no dia 22. Cerca de 300 índios participaram. Fernandes disse que sete propriedades estão tomadas pelos índios em Japorã.
Oliveira redigiu o termo da audiência e deu prazo de cinco dias para o dono da fazenda São Jorge dizer se aceita retirar o gado. Os advogados dos pecuaristas disseram que não há tal possibilidade.
Quando o juiz ia para o encontro, sem-terra que faziam um bloqueio na BR-163 tentaram cobrar "pedágio" do carro em que ele viajava. Na hora da abordagem, um carro da Polícia Federal, descaracterizado, que escoltava o do juiz, acionou a sirene, e os sem-terra suspenderam o bloqueio.


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