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Índios afirmam que não deixam fazendas em MS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JAPORÃ (MS)
Líderes dos cerca de 3.000 índios das etnias guarani e caiuá,
que desde o dia 20 invadiram pelo
menos sete fazendas em Japorã
(MS), disseram ontem ao juiz federal Odilon de Oliveira que não
vão desocupar as propriedades.
Os líderes deram ao pecuarista
Pedro Fernandes Neto prazo de
dez dias para retirar 2.600 cabeças
de gado da fazenda São Jorge.
Para deixar agricultores cuidarem da soja plantada na fazenda
Paloma, também invadida, pediram 15% da produção. Oliveira
fez a "audiência de tentativa de
conciliação" na fazenda São Jorge,
invadida no dia 22. Cerca de 300
índios participaram. Fernandes
disse que sete propriedades estão
tomadas pelos índios em Japorã.
Oliveira redigiu o termo da audiência e deu prazo de cinco dias
para o dono da fazenda São Jorge
dizer se aceita retirar o gado. Os
advogados dos pecuaristas disseram que não há tal possibilidade.
Quando o juiz ia para o encontro, sem-terra que faziam um bloqueio na BR-163 tentaram cobrar
"pedágio" do carro em que ele
viajava. Na hora da abordagem,
um carro da Polícia Federal, descaracterizado, que escoltava o do
juiz, acionou a sirene, e os sem-terra suspenderam o bloqueio.
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